domingo, 2 de agosto de 2020

OUVIR A VOZ


Justifica leitura a impressionante entrevista de Sara Rocha no Expresso, “Sou autista. É um alívio”.
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Como tantas vezes aqui tenho escrito, a voz das minorias é sempre muito baixa, ouve-se mal. Existem variadíssimas áreas em que são significativas as dificuldades sentidas, designadamente saúde, acessibilidades, educação, apoio social, qualificação profissional e emprego. Neste contexto e sem surpresa a vulnerabilidade e o risco de exclusão são enormes.
Importa também sublinhar que os direitos fundamentais não podem ser de geometria variável em função de contextos ou hipotecados às oscilações de conjuntura ainda que tenhamos consciência da excepcionalidade destes tempos.
Parece necessário reafirmar mais uma vez que os níveis de desenvolvimento das comunidades também se aferem pela forma como lidam com os grupos mais vulneráveis e com as suas problemáticas. Este entendimento é tanto mais importante quanto mais difíceis são os contextos que se vivem.

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