domingo, 14 de junho de 2020

DESCONFINAR OS MIÚDOS. MAS DESCONFINAR MESMO


Neste processo de desconfinamento que se vive devolvendo muito de nós aos espaços que fazem parte das nossas rotinas também, naturalmente, os mais novos estão envolvidos. As crianças que frequentam creche e jardim-de-infância e os alunos do ensino secundário foram os primeiros nesse processo inda que de uma forma gradual e com receios de pais e profissionais.
Gostava que este processo de desconfinamento dos mais novos fosse um pouco mais longe do que regressar aos espaços escolares ou a outras rotinas. Sei que não será, fácil mas gostava que se aproveitasse o balanço e se revalorizasse o brincar no exterior que por várias razões, segurança, estilos de vida ou alteração das percepções sobre a infância e sobre a relevância do brincar se foi perdendo em muitas contextos familiares. Nem sempre é uma questão de tempo ou oportunidade, não tardaremos a ter os grandes centros comerciais como “parque de diversões” para muitas famílias.
Este fim-de-semana o encanto do Alentejo ficou ainda maior com a estadia dos netos no monte. O Simão é um assumido “especialista” em projectos e sistemas e com uma imaginação que não pára e conta com a ajuda de voluntarioso ajudante, o Tomás.
Inspirado por algo que tinha visto numa pesquisa entendeu por bem construir uma barragem e uma casa de “terra de barro”, palha e canas como viu que faziam os homens de "antigamente”. A casa serviria para as “Titas”, as gatas, sobretudo as duas recém-chegas ainda pequeninas dormirem.
O resultado está aqui documentado.





Depois de várias horas de trabalho o Simão e o Tomás adormeceram felizes. Eu também.
São também assim os dias do Alentejo.

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