sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

EXISTE EDUCAÇÃO PARA ALÉM DO PISA

No DN encontra-se uma entrevista interessante a Andreas Schleicher, quadro directivo da OCDE e responsável pelo PISA.
O entrevistado, que se encontra em Lisboa justamente para participar numa iniciativa sobre a evolução de Portugal no PISA considera que “Portugal é a maior história de sucesso da Europa no PISA”.
Ao longo da entrevista elogia o trabalho e progresso realizado e alerta para questões como a ainda elevada e ineficaz retenção e a necessidade de investir em apoios precoces que minimizem o risco de retenção que claramente atinge populações mas vulneráveis economicamente.
Considera ainda importante a existência de respostas educativas mais diferenciadas e capazes de acomodar as diferenças entre alunos e a valorização do trabalho dos professores.
Como já tenho referido, os resultados do PISA devem ser sublinhados e são importantes. Aliás, são mais importantes do que discussão que na altura da divulgação dos dados ocorreu sobre a paternidade do progresso. Foi quase patética a luta pela entrada na fotografia com muita gente que deveria ter algum pudor a colocar-se em bicos de pés para aparecer. Sem surpresa parecia quase esquecido o trabalho de professores e alunos.
No entanto e sem beliscar a importância dos progressos registados no PISA voltava a uma outra ideia, existe Educação para além do PISA.
Neste sentido retomo um documento a que em Dezembro também fiz referência que foi publicado no The Guardian em 6 de Maio de 2014 que foi enviado a Andreas Schleicher por um grupo alargado, significativo e de vários países de académicos e especialistas em educação ou representantes de entidades a operar neste universo.
O documento, faz uma leitura muito interessante do PISA e também contempla algumas sugestões para o seu desenvolvimento.
Um pequeno excerto para apelar à leitura e, sobretudo, à reflexão.

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