quinta-feira, 17 de maio de 2007

COMPRO O QUE É NOSSO

Hoje no JN aparecia uma referência à campanha “COMPRO O QUE É NOSSO”, iniciada há alguns meses no âmbito das actividades da Associação Empresarial de Portugal. De acordo com a peça, admite-se que a campanha possa ter um impacto de 800 milhões de euros na nossa balança comercial, levando a que o défice comercial possa baixar 4.32%.

Gosto da ideia. Num tempo de liberalismo mais “neo” e mais “ultra” do que alguns nos querem fazer crer, com uma fortíssima pressão globalizante em todas as áreas, que procura “normalizar” e “calibrar” tudo e, já agora e se possível, todos, creio que faz sentido direccionar o nosso consumo para aquilo que produzimos, muitas vezes, em condições vantajosas em termos de qualidade e preço. Haverá certamente quem entenda como proteccionismo este tipo de iniciativa. Não concordo pois o proteccionismo esconde-se em quadros normativos, muitas vezes injustos e discriminatórios. Nesta situação procura-se sensibilizar o cidadão para que, num acto soberano de auto-determinação, decida consumir preferencialmente aquilo que produzimos. Acho bem, sempre recusei comer laranjas com ar engraxado e de estufas estrangeiras, enquanto os produtores algarvios deitam fora laranja de excelente qualidade e sabor mas “descalibrada”, seja lá isso o que for.

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