terça-feira, 20 de março de 2018

"QUE EDUCAÇÃO PARA A INFÂNCIA TEMOS E QUAL QUEREMOS?"


Gostei de ler o texto da professora Isabel Leite “Que Educação para a Infância temos e qual queremos?” no Público. O título do texto corresponde a uma iniciativa sobre a problemática da educação para a infância que hoje se realiza em Évora.
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Como apontam diversos especialistas, os serviços para crianças dos 0-3 deveriam aliar ao cuidar uma intencionalidade educativa em articulação com o trabalho que se desenvolve nas etapas posteriores; podemos afinar a continuidade entre o pré-escolar e o 1.º ciclo; necessitamos de mecanismos de monitorização da própria acção educativa e de um maior conhecimento dos efeitos de diferentes modelos e práticas pedagógicas.
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Como é afirmado no texto o desenvolvimento e crescimento equilibrado e positivo dos miúdos é fortemente influenciado pela qualidade das experiências educativas nos primeiros anos de vida, de pequenino é que ...
Assim, existem áreas na vida das pessoas que exigem uma resposta e uma atenção que sendo insuficiente ou não existindo, se tornam uma ameaça muito séria ao futuro, a educação de qualidade para os mais pequenos é uma delas.
Neste sentido, como há algum tempo também em texto de opinião escrevi no Público e é sempre de sublinhar, a educação pré-escolar é bastante mais que a “preparação” para a escola e não deve enredar-se no entendimento de que é uma etapa na qual os meninos se preparam para entrar na escola embora se saiba do impacto positivo que assume no seu trajecto escolar.
Na verdade, as crianças estão a preparar-se para entrar na vida, para crescer, para ser. A educação pré-escolar num tempo em que as crianças estão menos tempo com as famílias tem um papel fundamental no seu desenvolvimento global, em todas as áreas do seu funcionamento e na aquisição de competências e promoção de capacidades que têm um valor por si só e não como etapa preparatória.
Curiosamente o Ministro da Educação em entrevista escrita ao JL em Dezembro de 2017 falava do "Ensino Pré-escolar".
Este período, dos 0 aos 6 anos, que deveria estar sob tutela do Ministério da educação e não como actualmente, a Segurança Social tutela entre 0 e os 3 anos, cumprido com qualidade e acessível a todas as crianças, será, de facto, um excelente começo da formação institucional de cidadãos. Esta formação é global e essencial para tudo que virão a ser e a fazer no resto da sua vida.

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