segunda-feira, 9 de junho de 2014

O FECHAMENTO DE ESCOLAS. Mais do mesmo

"Ministro da Educação diz que não fechará escolas só porque parece bem "no papel""

"De há muito que se sabe que um dos factores mais contributivos para o insucesso, absentismo e problemas de indisciplina é o efectivo de escola. Não é certamente por acaso, ou por desperdício de recursos, que os melhores sistemas educativos, lá vem a Finlândia outra vez, e agora os Estados Unidos ou o Reino Unido na luta pela requalificação da sua educação, optam por estabelecimentos educativos que não ultrapassam a dimensão média de 500 alunos. Sabe-se, insisto, de há muito, que o efectivo de escola está mais associado aos problemas que o efectivo de turma, ou seja, simplificando, é pior ter escolas muito grandes que turmas muito grandes, dentro, obviamente dos limites razoáveis. É certo que o MEC faz o pleno, aumenta o número de alunos por escola e o número de alunos por turma, como é hábito o Ministro Nuno Crato cita ou ignora estudos, experiências e especialistas, nacionais ou internacionais, conforme a agenda que lhe é favorável.
As escolas muito grandes, com a presença de alunos com idades muito díspares, são autênticos barris de pólvora e contextos educativos que dificilmente promoverão sucesso e qualidade apesar do esforço de professores, alunos, pais e funcionários. Recorrentes episódios e relatos de professores sustentam esta afirmação.
Por outro lado, a experiência já conhecida mostra casos de distâncias grandes entre a residência dos miúdos e os centros escolares, levando que devido à difícil  gestão dos transportes escolares, os miúdos passem tempos sem fim nos centros escolares, experiência que não é fácil, sobretudo para os miúdos mais pequenos.
Em síntese, aprece-me razoável que algumas escolas do 1º ciclo sejam encerradas mas com critérios não exclusivamente burocratizados e administrativos, como a análise simples do número de alunos."
A última peça desta longa narrativa do encerramento de escolas é a afirmação do Secretário de Estado João Casanova de Almeida de que se as autarquias insistirem ... o MEC fecha mais escolas, mesmo com mais de 21 alunos, e o Ministro sublinha que, como sempre, o processo se desenvolve em diálogo com as autarquias. Isto quer dizer, como é hábito, que as autarquias protestam, o MEC decide e fecha as escolas que entende.
Mais do mesmo.

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