sábado, 27 de agosto de 2011

UMAS NOTAS NO FEMININO

Há uns minutos, num jornal televisivo vi a escritora Maria Teresa Horta, no seu jeito aguerrido, sustentar a continuidade de uma mentalidade machista na nossa sociedade apesar de alguma mudança nos últimos anos. Ilustrou o seu entendimento com várias situações como os números da violência doméstica, discriminação salarial, a presença das mulheres na política ou em lugares de chefia, etc.
No Público de hoje refere-se a situação das docentes que cumpriram interrupções por maternidade pelo que, na interpretação do MEC, não cumpriram o tempo mínimo de serviço na escola que lhes permita ser avaliadas. Tal entendimento tem implicações negativas na carreira destas professoras e é claramente um constrangimento a projectos de maternidade que ajudem a minimizar o inverno demográfico que vivemos.
Curiosamente, sempre no feminino, o CM titula em primeira página que uma mulher, armada, actuando só, já realizou dois assaltos a dependências bancárias.
Numa outra notícia de rodapé, no JN noticia-se que a dona de uma ourivesaria conseguiu evitar, afugentando o assaltante armado, um assalto à sua ourivesaria.
Finalmente, um caso de discriminação positiva, a referência a um estudo da Comissão Europeia informando que, em idade activa, morrem duas vezes mais homens que mulheres na Europa.
Assim se completam umas notas de um só género.

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