terça-feira, 16 de agosto de 2011

AFINAL SER GORDO, PODE NÃO SER MAU, POR ASSIM DIZER. Obrigado

É certo que estamos em plena "silly season", no auge das férias, para mais num feriado, mas a leitura da imprensa diária continua um exercício deprimente. No entanto, de longe a longe lá vem algo que nos deixa melhor com o mundo.
No CM, cita-se um estudo realizado pela Universidade de York, Canadá, segundo o qual as pessoas com excesso de peso que levam uma vida saudável podem viver tanto como as magras e estão até menos propensas a desenvolver problemas cardiovasculares. Mais se dizia, "Os resultados questionam a ideia de que todos os obesos necessitam de perder peso", desde que se assuma um estilo de vida saudável que inclua alguma actividade física e uma dieta equilibrada com muita fruta e verdura.
Devo confessar que a notícia me dispôs bem. Alivia-me o desespero de não ver alterada a colocação dos ponteiros da balança mesmo após umas horas semanais de corrida e uma alimentação sem grandes erros (só mesmo, muito, muito, muito, muito, raramente).
Alivia-me a culpa e o desconforto da percepção de que o espelho me chama suicida inconsciente.
Agora já posso encarar com confiança na normal longevidade aqueles olhares superiores que alguns fundamentalistas me deitavam, pelo facto de usar camisas com mais riscas do que a generalidade das pessoas.
E até vou ser capaz de atirar com ar negligente uma piada sobre os magros que correm mais riscos de problemas cardiovasculares.
Estou a pensar seriamente em lançar na comunidade dos gordos, saudáveis, uma petição no sentido de pressionar o Instituto Karolinska para a atribuição do prémio Nobel da Medicina a este genial trabalho.

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