quinta-feira, 22 de novembro de 2007

MAIS PORTUGAL DOS PEQUENINOS - SCOLARI E POLÍTICOS

Eu bem que gostava de falar menos vezes do Portugal dos pequeninos, mas não é possível. Para hoje duas referências breves.
Primeira. Era uma vez um país europeu pequeno e democrata em que se discutia na Assembleia da República o Orçamento de Estado para o ano seguinte. Nos termos institucionais o Governo apresentou, como é dever e direito, uma proposta, sublinho uma proposta, para discussão. Como seria de esperar, considerando as saudáveis diferenças em democracia, os partidos na oposição apresentaram variadíssimas propostas de alteração. Não cuido de saber, porque não consigo acompanhar, o mérito, ou a falta dele, de todas as propostas da oposição, o que eu não consigo perceber é como o partido que suporta o Governo desse país entende não aceitar nenhuma, sublinho nenhuma, das propostas. Genialidade governativa ou arrogância? De pequenino me diziam, “Perfeito só Deus”, e eu sou agnóstico. Depois acham estranho que nesse país a classe política, de forma geral, não tenha uma imagem de credibilidade.

Segunda. Excelência, Mestre, Salvador, Milagreiro, Grande Farol, Madre Teresa, Pai de Todos, Grande Irmão, Génio, Santo, Querido Líder, Mister, Senhor Luís Felipe Scolari, com toda a humildade e um pedido de desculpa por tanta ousadia, acho que o Senhor não tem razão. O senhor não é burro. De jeito maneira, como se diz no paraíso donde vem. O burro sou eu, repito, o burro sou eu. E sou burro, muito burro, porque de minino aprendi a gostar de futebol. Ainda não perdi esse gosto e, por isso, ando desde 2003 a levar com a sua arrogância e má educação. Deixe-me continuar a gostar de futebol, pegue nos seu adjuntos Murtosa & Madail e vá conquistar novas glórias por esse mundão de Deus, ou de Nossa Senhora do Caravaggio. Já não há saco, Mestre.

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