terça-feira, 13 de novembro de 2007

A JUSTIÇA DE CARRO

Hoje, em alguns serviços noticiosos referia-se a aquisição por parte do Ministério da Justiça de cinco carros de gama alta, em ajuste directo e sem a requerida autorização do Ministério das Finanças. As referências continham alguma crítica à operação considerando sobretudo a época de contenção que se atravessa. O país não pára de me surpreender e a injustiça destas críticas é enorme. Entendo, pelo contrário, que finalmente o Ministério da Justiça ficou sensível aos problemas que, recorrentemente, são inventariados no sistema português. Vejamos.
Aquisição por ajuste directo e sem a exigida autorização prévia das Finanças. Então e o Simplex? E o combate à burocracia? Está certo. Há que agilizar processos.
Cinco carros de gama alta com potência significativa. Então a tão falada lentidão da Justiça? 140 cavalos têm uma enorme capacidade de aceleração. Com um bocadinho de sorte chegaremos ao grande desígnio “sentença na hora”.
Equipamentos extra. Então e a degradação do parque da Justiça? E a falta condições de trabalho? Está certo.
Computador de bordo. Hoje em dia e como tanto se reclama há que informatizar procedimentos.
Sistema de navegação Plus. Óptimo. Então não se afirma tantas vezes que a Justiça anda sem rumo? Um sistema de navegação parece-me imprescindível.
Alarme. Então não é fundamental que se algo não está bem soem avisos que permitam prevenir danos? Parece-me óbvio.
Sistema de ajuda ao parqueamento. Ao que se ouve, um dos grandes problemas da justiça parece ser a arrumação de processos. Um sistema de ajuda à arrumação é genial.
Finalmente um Ministro da Justiça com vontade de mudar. É um incompreendido.

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