domingo, 26 de fevereiro de 2023

AS CONTAS QUE NUNCA DÃO CERTO

 O Ministro da Educação afirma em entrevista no JN que estão a ser feitos estudos e contas relativamente à resposta aos problemas que afectam os professores. Veja-se, por exemplo, a deriva sobre o número de professores.

Desejo muito que seja desta que as contas dão certo. Aliás, acho particularmente interessante que numa área como a educação e seja qual for a matéria em análise as contas quase nunca batam certo, tal como a realidades descritas nem sempre coincidem com as realidades observadas.

No entanto, mais uma vez, sabemos também que a qualidade da educação e da escola, pública ou privada, tem como um dos eixos críticos o trabalho dos professores que, por sua vez, exige serenidade e confiança.

Também é claro que os sistemas educativos com melhor qualidade, independentemente dos critérios de qualidade são, em regra, os que mais valorizam os professores, em termos sociais, em termos profissionais e também no estatuto salarial.

Assim, a defesa da qualidade da educação e da escola, pública e também privada, passa incontornavelmente pela defesa e valorização das condições de trabalho, em diferentes dimensões, que possibilitem que o desempenho de escolas, professores, directores, técnicos, funcionários, alunos e pais tenha o melhor resultado possível.

De uma vez por todas, é necessário contenção e combate ao desperdício, mas em educação não há despesa há investimento. Aguardemos o resultado das contas.

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