segunda-feira, 21 de julho de 2014

UMA PROVA SINISTRA, UM MINISTRO SINISTRO


"Ministério da Educação não quer sindicatos dentro das escolas no dia da prova dos professores"

A participação dos docentes em plenários convocados para o dia de realização da sinistra Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (?!) como resposta ao eticamente delinquente processo desencadeado pelo MEC não lhes retira salário.
Por outro lado, a participação dos docentes, avaliados e "vigilantes", na sinistra Prova rouba-lhes a dignidade, a todos, incluindo os que nela não estão envolvidos.
Em novo desenvolvimento, o MEC esgravatou no arsenal do armamento e da manhosice mascarada de "tudo dentro da legalidade" e em nome do "rigor" e da "excelência" e desencantou uma proibição de permanência na escola de pessoas não envolvidas na Prova com o fim de boicotar a realização das reuniões convocadas pelos sindicatos.
Não sei se a decisão do MEC tem cobertura legal, eventualmente terá. Aliás acho irrelevante. Entendo que não pode valer tudo para provocar e insultar uma classe. Não me lembro de alguma vez ter visto mobilizar tal medida mas Nuno Crato já não me consegue surpreender em manha, despudor e um comportamento ético que indigna e revolta.
Está a escrever-se uma página muito negra da educação em Portugal. O MEC bateu no fundo.
E no fundo está certo. Para uma Prova sinistra um ministro sinistro

9 comentários:

não sei quem sou... disse...

Ao longo da minha vida profissional de chefia de uma área de negócio que agora não vem ao caso, nunca senti que a minha dignidade ficasse beliscada com as várias provas que enfrentei para testar a minha competência. E foram muitas....

Os provérbios têm uma sapiência infinita. QUEM NÃO DEVE NÃO TEME!


VIVA!


Zé Morgado disse...

POr uma vez, vou responder a um comentário seu. Se estivesse minimamente informado, repito minimamente, percebia que o que está em jojo não é a avaliação do desempenho dos professores, nada disso. Esta prova é uma prova de acesso à profissão e assenta não em conhecimentos para se ser professor ou na avaliação da prática que os professores desenvolvem nas salas de aula, mas em problemas de lógica que se encontram em revistas e que não têm rigorosamente a ver com o que é o trabalho de um professor. Manda a prudência que fale do que se sabe ou conhece.
Nesta perspectiva o seu comentário sobre a avaliação a que foi sujeito ou o "quem não deve não teme, não tem sentido. Aliás, se se fosse avaliado por este comentário também chumbava porque é completamente ao lado da questão. Como gosta de provérbios ficam lguns, "quem não sabe é como é como quem não vê", "pior cego é o que não quer ver", "quem te manda sapateiro tocar rabecão", "não se deve dar passoa maiores que as pernas", escolha.

não sei quem sou... disse...

O Senhor Professor José Morgado na ânsia de defender a classe, de um ataque inexistente no meu comentário não se apercebeu que o meu intuito foi apenas partilhar a minha experiência no âmbito de provas de avaliação de competências e exercício de determinadas funções mais exigentes, durante quase três décadas.

As minhas profundas desculpas por o texto não ter conseguido passar a ideia predominante; espírito, como está em moda dizer.

Longe de mim a intenção de pôr em causa a justeza da indignação de quem lança sabedoria ao Mundo.

Pela quantidade de provérbios que me obsequiou e que gostei muito, presumo que é um ferveroso seguidor do tema. Por isso aqui lhe envio um outro...

"ESCREVER SEM PENSAR, VEM MUITAS VEZES A FALHAR"


VIVA!

Zé Morgado disse...

Uma última nota um bocadinho mais concreta. Imagine que quando decidiu desempenhar as funções que teve. alguém para avaliar se era competente lhe passava por exemplo um teste de palavras cruzadas. Acha que isso avaliaria a sua peparação para as funções? É isto que está em causa, não estou a defender uma classe. (como sabe embora seja professor tenho outra carreira) mas defender um processo que seja competente. Se lesse com atenção o que escrevi sobre isto e o que é feito noutros países, saberia que ninguém faz uma prova destas. Quando um professor está a começar, é colocado a dar aulas dá aulas durante um ano lectivo de forma acompanhada e é avaliado. É assim que se percebe se está ou não preparado para ser professor. NÃO É COM UMA PROVA DE CHARADAS LÓGICAS que são uma ofensa. Ficou mais claro?
Mais uma vez não acertou, não sou "ferveroso". Quando muito poderia ser "fervoroso" mas o português às vezes atrapalha mesmo os avaliados como excelentes em função de chefia

Carlos Plágio disse...

Caro "não sei quem sou", os provérbios têm, realmente, uma sapiência infinita, principalmente quando nos ensinam que "a ignorância é atrevida".

não sei quem sou... disse...

Agradeço-lhe a chamada de atenção para o meu erro ortográfico. Não foi bonito... Sempre considerei os seus meras más pontarias dos dedos.

Orgulho-me muito da minha ignorância Senhor Carlos Plágio. Mas compreendo quem se esforça por camuflar a sua falta de saber.

Prometo não dar seguimento a este tema.


VIVA!


não sei quem sou... disse...

Agradeço-lhe a chamada de atenção para o meu erro ortográfico. Não foi bonito... Sempre considerei os seus meras más pontarias dos dedos.

Orgulho-me muito da minha ignorância Senhor Carlos Plágio. Mas compreendo quem se esforça por camuflar a sua falta de saber.

Prometo não dar seguimento a este tema.


VIVA!

Benedita disse...

Em dezembro dia 18, já dentro da sala e depois da chamada assinei presença, mas fui impedida de realizar a prova alheia à minha vontade apesar de ser contra esta, e pedi na secretaria uma declaração de presença. Agora, não consto na lista e fui excluída de realizar esta prova ficando deste modo impossibilitada de concorrer sem ter culpa nenhuma. Será isto justo? Fica a conotação de que tive receio e não fui fazer a prova o que não é verdade. Tenho 17 anos de percurso académico e os últimos na área do Ensino e fui por diversas vezes avaliada em contexto de sala de aula com menções de Bom a Excelente. Agora, será coerente uma prova de 90 minutos averiguar a nossa competência para ensinar? Ser professor, além de vocação, é ter conhecimento científico, saber transmitir esses conhecimentos de forma clara e objectiva, saber ouvir, ter empatia para com os alunos, ter valores éticos e transmiti-los pelo exemplo nas suas atitudes e falas. Mas todo este conhecimento de "carga subjectiva" e por vezes inerente (vocação), adquirido ao longo de 17 anos e validado por Instituições de Ensino acreditadas não conta? Todo este investimento é posto em causa em 90 minutos? Se suspeitam da nossa competência logo formação dada nestas Instituições, então porque não começar pela raiz porque não uma PACC para os professores de ensino superior que formam os professores? Tem-se vindo a fazer propaganda que esta prova é realmente essencial e a opinião pública apoia de boa fé porque desconhece de facto as verdadeiras razões para tal prova. Não têm consciência que esta não tem qualquer utilidade a não ser afastar professores dos concursos. Esta prova é absurda quer no seu modelo quer nas suas circunstâncias.

Zé Morgado disse...

Sopram ventos malinos como se diz lá no meu Alentejo.