sábado, 20 de novembro de 2010

O ESSENCIAL E O ACESSÓRIO

Aqui no Meu Alentejo aproveitando o intervalo de almoço na apanha da azeitona, uma espreitadela ao mundo através da imprensa on-line.
Do site do Público, às 12 e 35 respigo seis notícias.
Hospitais públicos pagam até 100 € por hora a médicos contratados a empresas prestadoras de serviços, prática já denunciada pelo Tribunal de Contas.
Juíza de instrução valida escutas no caso Tagus Park. Como é habitual em Portugal em casos deste tipo a defesa não sustenta a inocência, defende a impossibilidade de acusação por questões processuais e manhas jurídicas.
A Câmara Municipal de Lisboa contrata como assessor um funcionário que tinha pedido licença sem vencimento em consequência de uma punição por negligência. Trata-se, certamente, de um imprescindível e genial funcionário e de mais uma irrepreensível decisão camarária.
CDS-PP retira confiança política a autarca acusado de desvio de 243 000 €. O impune poder local no seu melhor.
PSP admite que os blindados ainda não chegaram. A imprescindibilidade da compra e a urgência que levaram ao ajuste directo devido à Cimeira da Nato resultam nesta anedótica situação que, como será de esperar, não terá consequências.
A Jerónimo Martins vai antecipar para este ano o pagamento de dividendos. Tal decisão não terá, seguramente, nada a ver com o facto de em 2011 os dividendos sofrerem um agravamento fiscal.
Como se pode verificar pela amostra retirada numa única consulta à primeira página exposta no site de um jornal, não vale a pena entrar-se na retórica discussão sobre “A remodelação” que vem substituir a novela “O Acordo”.
O essencial joga-se ao nível de princípios, modelos e políticas, o resto, como o povo diz é folclore.

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