sábado, 29 de julho de 2023

DA FALTA DE DOCENTES

 O texto de Carlos Ceia no Público, “Mais Professores?”, que só agora coloca algumas questões pertinentes no que concerne ao caminho que parece desenhar-se de alteração nos requisitos de formação inicial para a profissão docente.

Como já tenho abordado, as dúvidas são grandes e o risco da “desprofissionalização” ou “deskilling” parece real promovendo uma concepção “empobrecida”, diria “embaratecida” da docência e das exigências de formação para a função.

Sendo claro e conhecido de há muito o problema da falta de docentes e da baixa atractividade pela carreira, só mudanças integradas e não quase que exclusivamente na formação podem sustentar a atractividade, a estabilidade e, naturalmente, a qualidade da profissão docente.

Importa considerar matérias como modelo de carreira, modelo de avaliação e progressão, a valorização do estatuto salarial dos docentes, a promoção da sua valorização profissional e social ou a desburocratização do trabalho dos professores, são algumas dimensões a exigir alterações sérias.

Focar a minimização do sério problema da falta de professores no abaixamento do nível de formação exigida não parece o melhor caminho.


PS - Home, sweet home! Estou de volta com a coluna mais direita, carregada de ferragem e terá corrido bem.

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