O Ministro da Educação anunciou ontem o quadro de mudanças na organização e estrutura do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, diminuindo estruturas, prometendo agilizar processos e minimizar a esmagadora carga burocrática que aflige escolas e professores, desconcentração de serviços, etc.
Para quem conhece o universo do
sistema educativo a mudança é uma necessidade urgente, mas importa perceber
melhor o sentido das alterações anunciadas. Algumas das mudanças nas políticas públicas já em curso ou apresentadas como intenção não são animadoras.
A título de exemplo, refiro a
extinção da Fundação para a Ciência e Tecnologia e o que advirá na área crítica
da ciência e investigação assim como a passagem para as Comissões de
Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) de "responsabilidades de
planeamento na definição da rede escolar, da oferta formativa do ensino
profissional e dos investimentos em infra-estruturas". Terão um
vice-presidente para a educação com a função de “acompanhar a execução das
políticas nacionais a nível regional" que serão propostos pelo Governo.
Como se costuma dizer, vamos
aguardar os desenvolvimentos não deixando de recordar Lampedusa em “O Leopardo” e a
ideia de que é preciso que tudo mude para tudo fique na mesma.
Não, não é pessimismo, é realismo
assente no que conhecemos do país e das políticas públicas que temos e se
anunciam. Como se diz por aqui no meu Alentejo, deixem lá ver.
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