terça-feira, 21 de maio de 2024

MAS AS CRIANÇAS ...

 

Senhores, porque lhes dais tantas dores? Porque padecem assim?

A Associação de Apoio à Vítima (APAV) recebeu em 2023, em média diária, oito pedidos de ajuda realizados por crianças ou jovens num total de 3066, 18,2% superior a 2022. A maioria das queixas, 62,6%, são por violência, 30,3% por crimes sexuais e o bullying como terceira queixa mais frequente. Por razões óbvias, a APAV afirma que apesar de grave, este número de queixas está aquém da realidade.

Esta realidade não pode deixar de criar um cenário de risco severo no que respeita ao desenvolvimento saudável e ao sucesso educativo destes miúdos e adolescentes e portanto, à construção de projectos de vida bem-sucedidos.

Como é óbvio, em situações limite como a carência alimentar, abuso, mendicidade, insucesso educativo e abandono escolar, estaremos certamente em presença de dimensões de vulnerabilidade que concorrerão para futuros preocupantes.

É por questões desta natureza que a definição de políticas e prioridades deve obrigatoriamente ser feita com critérios de natureza sectorial e não de uma forma cega e apressada, custe o que custar, naturalmente mais fácil, mas que, entre outras consequências, poderá manter milhares de crianças e adolescentes em situações de fragilidade e risco com implicações muito sérias.

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