Era uma vez dois amigos, o Rapaz e a Rapariga, que se tinham conhecido no jardim-de-infância. Tendo seguido caminhos diferentes passou tempo sem se reencontrarem o que aconteceu naquele dia numa paragem de autocarros.
- Tu és o Rapaz?
- Sou e tu és a Rapariga, não és?
- Sou. Há quanto tempo! Que andas a fazer?
- Estou a trabalhar. Deram-me um contrato por nove anos, quero ver se me aguento e continuo pelos menos mais três, depois logo se vê. Há malta que não aguenta e sai.
- Como é que é?
- Tem dias. Há muita gente e por isso é animado. Não se trabalha sempre na mesma secção, mas faz-se quase sempre a mesma coisa em cada uma. O pessoal que está orientar, é como em tudo, uns sabem e são porreiros, outros nem por isso. Com estes o pessoal às vezes desatina um bocado. O pior é que é muito tempo. Raramente fazemos menos de 40 horas, há quem faça mais e ouvi dizer que vai aumentar e, quase todos os dias, ainda há trabalho para fazer em casa. O trabalho umas vezes é mais difícil, outras vezes mais fácil. Tenho que andar sempre com um saco de material às costas, o comer é manhoso, às vezes faltam condições e o pessoal que organiza o trabalho anda para lá todo agitado com uns problemas deles. Ainda não nos começaram a pagar. Dizem que só lá mais para a frente é que a gente vai ver que ganha bem. Estou para ver. Bom, e tu?
- É mais ou menos a mesma cena. Onde é que trabalhas?
- Ando na Escola de Vale do Norte, e tu?
- Ando na Escola de Vale do Sul.
- Tu és o Rapaz?
- Sou e tu és a Rapariga, não és?
- Sou. Há quanto tempo! Que andas a fazer?
- Estou a trabalhar. Deram-me um contrato por nove anos, quero ver se me aguento e continuo pelos menos mais três, depois logo se vê. Há malta que não aguenta e sai.
- Como é que é?
- Tem dias. Há muita gente e por isso é animado. Não se trabalha sempre na mesma secção, mas faz-se quase sempre a mesma coisa em cada uma. O pessoal que está orientar, é como em tudo, uns sabem e são porreiros, outros nem por isso. Com estes o pessoal às vezes desatina um bocado. O pior é que é muito tempo. Raramente fazemos menos de 40 horas, há quem faça mais e ouvi dizer que vai aumentar e, quase todos os dias, ainda há trabalho para fazer em casa. O trabalho umas vezes é mais difícil, outras vezes mais fácil. Tenho que andar sempre com um saco de material às costas, o comer é manhoso, às vezes faltam condições e o pessoal que organiza o trabalho anda para lá todo agitado com uns problemas deles. Ainda não nos começaram a pagar. Dizem que só lá mais para a frente é que a gente vai ver que ganha bem. Estou para ver. Bom, e tu?
- É mais ou menos a mesma cena. Onde é que trabalhas?
- Ando na Escola de Vale do Norte, e tu?
- Ando na Escola de Vale do Sul.
1 comentário:
Infelizmente, sejam as escolas no norte, centro ou sul, sejam básicas, secundárias ou profissionais, os problemas são idênticos. Talvez, como disse muito recentemente, a autonomia das escolas (não a que pretendem que elas tenham)pudesse resolver parte dos problemas não só da classe docente, mas acima de tudo da comunicação na comunidade escolar, vista de uma forma abrangente.
Enviar um comentário