Era uma vez um rapaz chamado Gozador. Andava na escola e tinha uns doze anos. O Gozador era um miúdo um bocado estranho, parecia que estava sempre a gozar.
Tinha um sorriso permanentemente
pendurado na cara e as pessoas ficavam um bocado incomodadas porque ele embora
não falasse muito, antes pelo contrário, passava muito tempo calado, mas com
aquele ar de gozador.
Os professores então sentiam-se
mesmo sem saber muito bem o que fazer, ele não perturbava as aulas, estava
tranquilo, mas aquele sorriso de quem estava a troçar incomodava.
Os colegas não se davam muito com
ele e o Gozador também não se aproximava muito, mantinha-se no seu canto e
compunha o sorriso habitual. Um dia, um dos professores falava do Gozador com o
Professor Velho aquele que já não dá aulas, está na biblioteca e fala com os
livros. Depois de ouvir a descrição do Gozador o Velho disse para o professor.
Ainda bem que me falas no
Gozador, também estou um bocado preocupado com ele, acho que ele ri de tristeza,
mas ainda não consegui perceber porque está sempre tão triste. Quando descobrir
digo-te.
Velho, rir de tristeza?!
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