A comunicação social nos seus
diversos suportes e ainda o mundo sem fim das redes sociais oferecem-nos
diariamente e a qualquer hora acesso a um mundo estimulante e sem fim, o mundo
dos génios, isso mesmo, os génios, muitos génios.
De facto, é notável a
proliferação e intervenção dos génios. Em todas as áreas que compõem a vida das
pessoas existe um grupo de génios com ideias geniais, claro, que sabem sempre
como tudo deve acontecer e tudo se deve passar.
Todos os dias, seja qual for o
assunto que esteja em discussão, lá aparecem os génios de serviço, nos
diferentes meios de comunicação ou nas redes sociais, a explicar, sem margem de
dúvida ou hesitação, o que as pessoas devem pensar ou saber sobre a matéria em
apreço. Há mesmo génios tão geniais que conseguem ser génios em várias áreas,
assumindo então o superior estatuto de tudólogo, os que sabem de tudo, que é
verdadeiramente impressionante. E quanto mais complexas são as situações, mais
os tudólogos se ouvem, vêem e lêem.
O que é mais curioso, embora
naquela terra onde acontecem coisas não faltem aspectos curiosos, por assim
dizer, é que pouca gente parece levar a sério os génios, ou seja, para tudo e
mais alguma coisa se interpelam os génios, estão sempre presentes, mas depois
quase ninguém liga ao que eles dizem o que aliás, parece ser uma prova de
inteligência embora fique por perceber a importância atribuída aos génios.
Creio mesmo que eles, os génios,
são os únicos que se levam sempre a sério. É vê-los e ouvi-los com um ar
absolutamente compenetrado a debitar genialidades a que ninguém liga, mas que
lhes concedem espaço e tempo para expressar.
Os génios daquela terra onde
acontecem coisas, aqueles que aparecem como génios, são assim uma espécie de
adereço, sem qualquer utilidade, mas que sempre compõe o cenário. No entanto,
parece que muitos destes génios tornam a sua genialidade muito bem paga. Merecem,
são génios, nós não.
Para completar este retrato, é também curioso, para ser
simpático, que às pessoas que verdadeiramente sabem do que está a ser abordado
também pouca gente parece ligar.
São, também assim, os dias lá naquela terra onde acontecem
coisas.
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