A propósito o número de advogados condenados pela Ordem por má conduta profissional, julgo que poderemos reflectir sobre o que é, creio, um dos problemas que nos afectam. Sabemos que, por atraso e falta de qualificação temos “mau trabalho” embora também, tenhamos trabalho altamente qualificado. Sabemos também que temos uma classe de empresários, os estudos mostram-no, genericamente mal preparados, embora também tenhamos gente de altíssima qualidade. Sabemos também que temos modelos de organização do trabalho que, muitas vezes, não discriminam positivamente e absorvem a mediocridade nivelando por baixo sob a capa dos direitos adquiridos. Temos, frequentemente, na liderança política gente que não se distingue pela competência e solidez ética. Neste contexto, desenvolveu-se desde há muito, muito tempo uma cultura de pouco profissionalismo e uma relação com o trabalho de baixa qualidade deontológica e ética, traduzida, por exemplo, em baixos níveis de motivação, qualidade, empenho, produtividade e profissionalismo. Não é só um problema dos advogados, é, creio, um problema da nossa comunidade.
E sendo um problema com forte componente económica é, sobretudo, um problema de modelos e valores.
E sendo um problema com forte componente económica é, sobretudo, um problema de modelos e valores.
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