Para muitas famílias a época de
Natal traz uma questão, que oferecer aos miúdos. Eles já têm tudo, dizemos nós,
os adultos. Eles acham que não, pedem tudo, aprenderam com a gente. A
aproximação do Dia introduz a ansiedade da compra, do presente como preferimos
designar, que ainda não fizemos. Provavelmente será hoje que é Domingo e todas
as lojas esperam por nós. Tentando ajudar deixo uma sugestão.
Trata-se de um presente que
apesar de nem sempre parecer fácil é sempre possível encontrar.
Trata-se um presente que pode ser
usado de múltiplas formas e por isso é estimulante e fomenta a criatividade.
Trata-se de um presente que pode
ser usado por várias pessoas.
Trata-se de um bem de primeira
necessidade e que muitos miúdos não têm tanto quanto precisariam.
Trata-se, finalmente, de um
presente objectivo, quantificável, como agora se pretende que tudo seja.
Porque não oferecer tempo aos
mais novos?
E já agora. Porque não oferecer tempo
também aos adultos que andam à nossa beira?
Bom Natal.
Bom dia e Feliz Natal, Professor José Morgado!
ResponderEliminarPor acaso, e enquanto a minha gente ainda dorme, circulo pela net e... passei pelo Atenta Inquietude.
Não podia deixar de comentar este pequeno texto. Uma preciosidade! Realmente, a sugestão de presente que faz é fantástica, mas talvez seja muito difícil para tanta gente. O TEMPO não é fisicamente palpável, nem tem fitas para puxar ou papel para rasgar, logo não pode ser prenda para tantos mortais. Acredito que o sossego do Monte que lhe é tão querido permite ver e sentir o tic tac do relógio numa dimensão que já é pouco comum e viver tempo de qualidade com os seus.
A Urbanidade, a mediatização dos protótipos de felicidade que dão origem a tanta insatisfação e frustração, que o desafio diário, e já agora, de cada natal, é conseguir o que "o outro" tem ou faz. Na verdade, o tempo que se passa à procura do que não se encontra ou do que não satisfaz, talvez, só por si, poderia ser a "tal oferta".
Um bom Dia de NATAL, com tempo para todos e, já agora, um bom Ano de 2019.
Alexandre ( ESLagoa)
Olá Alexandre, obrigado pelo comentário, é bom saber de si. Tudo bem com a Gente de lagoa? Sim, claro que sei que o tempo é um bem raro e por isso caro e difícil de obter. Mas também sei que apesar de se medir em minutos não se mede só em minutos. Existem minutos que são uma eternidade de bem-estar e horas que são um sofrimento.
ResponderEliminarA ideia é tentar encontrar sempre um minuto e talvez seja menos difícil do parece, muitas vezes também é uma questão de opções. Bom ano.
Já agora, creio que estarei nas Ilhas Encantadas para o final de Janeiro. Como é costume a agenda é pesada mas pode ser que consiga passar na Secundária.
Grande Abraço