AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O DIREITO E O DEVER DE SAMPAIO DA NÓVOA

Face à decisão “tanto faz e depois logo se vê” do PS e da habitual peça litúrgica da apresentação de um candidato próprio do PCP ganha, como já escrevi, mais sentido e importância a presença na campanha de alguém que esteja liberto dos jogos de equilíbrio e poder no interior da partidocracia.
Insisto que não se trata de um discurso contra os partidos pois, cito o que já afirmei, “… sendo os partidos peças centrais das sociedades democráticas não podem, não devem, ter o monopólio da actividade cívica e política sob o risco de se virarem para dentro, se encapsularem e de se transformarem em espaços fechados dominados por interesses de conjuntura e luta pelo poder, organizados em aparelhos cujo controlo permite o domínio do partido e o acesso ao poder.”
Não sei, evidentemente, o resultado eleitoral que espera Sampaio da Nóvoa.
Sei sim que o espera uma campanha dura em que se mobilizarão argumentos e armas que não os méritos dos candidatos ou a sua visão e projecto para Portugal no âmbito das funções de Presidente da República. Vejam-se alguns títulos ou informações divulgadas na comunicação social nos últimos dias e a forma com diferentes candidaturas vão sendo “fabricadas”.
Também sei, que depois da apresentação da candidatura a não desistência nas actuais circunstâncias é um segundo passo de enorme relevo que Sampaio da Nóvoa cumpre nesta estrada difícil.
Tinha o direito a desistir mas tem o dever político de continuar e os Homens cumprem com o seu dever. Sampaio da Nóvoa cumpre o seu dever em nome da esperança de muita gente em que uma visão humanista, presente, centrada em pessoas, em todas as pessoas, e no seu bem-estar informe, dentro dos limites constitucionais, a acção do Presidente da República.
Vai ser difícil, está tão mais difícil quanto mais necessário mas, por isto mesmo, tem que ser possível.

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