AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 22 de maio de 2015

DA EXCLUSÃO

Cerca de 100 alunos surdos que frequentam o 9º ano não puderam realizar o Preliminary English Test no âmbito da PPT estabelecida entre o MEC e Cambridge contando com o apoio desinteressado de um conjunto de empresas e da Fundação Bissaya Barreto.
É verdade que o PET tem pouco préstimo mas foi o MEC que determinou a sua obrigatoriedade para os alunos do 9º ano.
Os alunos surdos não podem realizar a parte da prova que obriga a utilizar um CD audio, algo de impossível, e assim viram-se excluídos.
O problema teria solução se os alunos fossem examinados em leitura e escrita o que carece de autorização.
O MEC foi alertado mas o MEC pensa na norma, não pensa na diferença. Nada que se estranhe nos tempos que vamos vivendo.
A educação, a escola, está cada vez mais normalizada onde a diferença, qualquer tipo de diferença, não pode ser acomodada.
Vão-se criando sucessivos guetos, curriculares e/ou físicos e inibe-se participação de milhares de alunos nas actividades regulares das suas comunidades.
Sempre em nome da inclusão, da excelência, da competência, blá, blá, blá, ...

2 comentários:

  1. Um bom exemplo de inclusão. Mas quem manda haver surdos, mudos e cegos?

    Um aborrecimento, estas coisas.

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  2. Na verdade, só atrapalham e complicam a vida dos "normais"

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