UM GRANDE BEM HAJA E SEJA BEM VINDO SR. "Dr." MIGUEL RELVAS

Ao que consta, o "Dr." Relvas quer regressar ao Parlamento. Presumo, basta atentar, nos comentários sobre a eventualidade, que tal facto inquiete alguns, muitos. Devo confessar que me parece muito bem e por várias razões.

Em primeiro lugar importa que, mesmo em tempos de de chumbo, não percamos de vista os valores da solidariedade e da convicção de que todas as pessoas merecem uma oportunidade mesmo quando alguma coisa na sua vida correu menos bem, o que nem sequer foi o caso do "Dr." Relvas que, como muito bem disse o Primeiro-ministro, não cometeu nenhum abuso de que se deva arrepender, antes pelo contrário, foi uma vítima inocente dos desmandos e abusos delinquentes de uma Universidade que o licenciou sem que ele o quisesse e apenas porque ingenuamente queria aprender. O tempo se encarregará de o provar.

Em segundo lugar porque, muita gente o tem dito, o Parlamento carece de figuras de prestígio e com experiência que evitem o confrangedor e paupérrimo espectáculo que com alguma freqência e, raras excepções, os debates parlamentares proporcionam, pelo que, sobretudo na sua bancada os seus futuros colegas estarão impantes de júbilo e os deputados das outras bancadas, roídos de inveja.

Por outro lado, estes gestos de humildade, uma pessoa que já foi Ministro todo-poderoso, expressar a humilde vontade de voltar a ser um simples deputado, constituem inspiradores exemplos para uma classe política tantas vezes injustamente maltratada.

Por todas estas razões, o eventual retorno do "Dr." Relvas ao Parlamento é uma espécie de dois em um, engrandece o próprio, pela sua disponibilidade, humildade e espírito de missão e, simultaneamente, engrandece a casa da Democracia.

Um grande bem haja e seja bem vindo Sr. "Dr." Miguel Relvas.