AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quarta-feira, 10 de abril de 2013

AFINAL, TUDO ESTÁ CORRER BEM

De acordo com dados já conhecidos do processo de avaliação externa das escolas, os resultados são muito positivos nos três domínios avaliados, Liderança e Gestão, Resultados e Prestação de Serviços Educativos, sendo que os Resultados mereceram a avaliação mais baixa ainda que genericamente positiva.
Aparentemente é motivo de satisfação. Acontece que o processo não envolveu um número de escolas que seja significativo, como o MEC reconhece, as escolas escolhidas são escolas não agrupadas ou com agrupamentos estáveis e o processo decorreu em 2011/2012.
É também curioso comparar os dados agora conhecidos com o Relatório "O Estado da Educação" elaborado pelo Conselho Nacional de Educação e também agora conhecido.
Fico com dúvidas se estamos a falar do mesmo sistema educativo, sobretudo no seu momento actual.


2 comentários:

  1. Sobre a avaliação externa das escolas escreveu o, também,“ Presidente do Sindicato dos Inspectores da Educação e do Ensino, na qualidade de (Docente do ensino liceal/secundário de 1970 a 1982; Inspector da IGE de 1982 a 2009; aposentado há três meses e meio)
    “A entrevista em painel é o método essencial usado pela equipa de avaliação externa para dialogar com a comunidade educativa e para recolher informação”, diz o documento oficial da IGE sobre a matéria.
    Mas estamos a falar de painéis que – tendo em conta a sua duração global, o número de questões e o número de participantes que potencialmente implicam – concedem uma média de 33 (trinta e três!) segundos a cada participante/questão/painel, e estamos a partir do princípio absurdo de que a equipa inspectiva não abre a boca, isto é: 33 (trinta e três!) segundos para, apenas ouvindo, “dialogar” e “recolher informação”.
    É querer meter o Rossio na Betesga! Isto não é um painel – isto é um contra-relógio.
    No plano científico, painéis deste tipo não podem senão ser classificados, na melhor das hipóteses, como “etnográficos” ou “impressionistas” – mas, em contrapartida, exige-se aos Inspectores que desses painéis resultem relatórios objectivos e afirmativos, com todas as ponderosas consequências que atrás enunciámos.
    A Educação do meu Umbigo (http://educar.wordpress.com/2010/01/17/opinioes-jose-calcada/).
    Quanto custam os painéis “etnográficos” ou “impressionistas”, com a participação de 80 inspectores e 66 peritos externos, e os respetivos relatórios?

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  2. Esse é apenas um dos aspectos que deveriam ser discutidos no âmbito do processo de avaliação externa das escolas.
    O sistema continua altamente permeável a variáveis "parasitas", ... por assim dizer.

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