O recente episódio da nomeação de
um Secretário de Estado que possui no currículo uma passagem pela SLN, que
aliás apaga da informação divulgada, é apenas mais um sinal, nem sequer
particularmente significativo da qualidade ética de boa parte das nossas
lideranças políticas, actuais e mais antigas.
Como é evidente o senhor não está
arguido nem foi condenado mas, como sempre, o problema nestas matérias não
pode, não deve ser visto nos estrito cumprimento das leis.
Tudo o que se conhece e está em investigação
envolvendo a SLN não aconselhariam a nomeação de alguém com funções de relevo
na estrutura e que, portanto, dificilmente poderia "desconhecer" o
conjunto das actividades desenvolvidas pela empresa.
O que é absolutamente inquietante
é o despudor, a arrogância da indiferença, com que estas decisões são tomadas
acentuando a pegada ética destes tempos. Todos os dias temos novos exemplos de
discursos e comportamentos que insultam e degradam a vida cívica e a saúde
ética da democracia.
O Primeiro-ministro está
certamente "confortável" com a decisão e o Sr. Dr. Franquelim Alves
afirma-se também muito tranquilo.
Este conforto e tranquilidade
mostra exactamente o lado mais grave disto tudo, acontece sem um sobressalto.
Só para sorrir, se bem que o assunto seja sério, registe-se a curiosidade de Franquelim Alves ser oriundo do mesmo concelho de Miguel Relvas, para além de pertencer ao mesmo clube político, claro! Tudo gente irrepreensível... :-(
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A origem deve ser a única coincidência, o resto são ... "curiosidades" que juntam boa parte desta rapaziada
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