Na tentativa de perceber como está ser entendido o mediático
caso da licenciatura do Ministro Miguel Relvas, solicitámos algumas opiniões a
elementos da chamada sociedade civil.
Um militante do PSD com funções de alguma responsabilidade
disse-nos, “Como já afirmou o Senhor Primeiro-ministro trata-se de um não
assunto, todo o processo cumpriu sem sombra de dúvida e como tem sido
demonstrado todas as disposições legais”.
Alguém identificado com o CDS-PP referiu-nos, “Oiça, como
sabe não é hábito do CDS-PP comentar na praça pública aspectos da vida pessoal
de membros do Governo. O Dr. Miguel Relvas tem direito à sua privacidade”.
Um militante anónimo do PCP em tom elevado proclama de
imediato, “Como já disse o Camarada Jerónimo, que não precisa de ser doutor
para ser um grande homem, o Miguel Relvas é um doutor da mula ruça”.
Um passante, fervoroso militante do PS, sorriu à pergunta, “Alimentaram
as calúnias sobre o Eng. Sócrates e criticavam as Novas Oportunidades que só
serviam para certificar a ignorância, como disse Passos Coelho. Agora estão
calados”.
Um comentador de futebol, alguém que deve sempre ser ouvido
sobre seja o que for, elucidou-nos de forma clara, “O Miguel Relvas já desde as
camadas jovens evidenciava performances e capacidades acima da média, com grande
margem de progressão. Com uma capacidade de leitura de jogo e cultura táctica
acima da média, a sua grande capacidade técnica e motivação, permitiram-lhe as
transições rápidas e uma meteórica ascensão na carreira, sendo desde sempre uma
primeira escolha do mister Passos Coelho”.
O meu amigo Cajó também emitiu a sua opinião, “O gajo é que
é esperto, os outros andam lá uma data de anos armados em tótós e o bacano
safa-se num ano e fica doutor. Os gajos safam-se sempre, o meu Tó Licas é que
devia orientar-se assim para ajudar cá o velho, trocava logo o Punto”.
A D. Ermelinda, reformada e que tem a televisão por
companhia, disse-nos que “não percebia bem do que é que falavam mas que tinha
ouvido dizer que o Ministro tinha tirado o curso num ano”, “Deve ser uma pessoa
muito inteligente”, concluiu a D. Ermelinda.
Mais uma tentativa junto do Sr. Rodrigues, dono do café “Estrela
do Bairro”, “Olhe, eu de política não sei nada, nem quero saber, a gente aqui
tem uma porta aberta, temos que nos dar bem com toda a gente”.
Fiquei esclarecido e animado, nada de novo, nada de
sobressaltos, tudo vai bem e acaba bem.
O povo é dócil e amestrado.
ResponderEliminarO oportunismo, a ignorância, e a escassez de dignidade corre-lhe nas veias.
E os responsáveis pelos negócios públicos têm plena consciência da existência dessa seiva.
Está patente no seu post.
saudações