AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 4 de maio de 2012

COMO É QUE SE FAZ PARA SONHAR?

Professor Velho, há muita gente que fala dos sonhos que tem. Eu nunca sonho. Às vezes quando vou dormir, penso, vou sonhar. Depois adormeço e, quando acordo, ponho-me a ver se sonhei e não me lembro de nada. Gostava de sonhar também. Como é que se faz para sonhar?
Manel, eu acho que sonhar não é difícil. E podemos sonhar sem estar a dormir. Quando estamos a dormir, estamos tão distraídos que nem reparamos nos sonhos. Queres sonhar um bocado?
Claro, Velho, mas acho que não sou capaz.
És Manel. Pensa num bocadinho do mundo que tu já conheceste e de que gostaste muito.
O monte que o meu avô Xico tinha no Alentejo.
Então vamos ao monte do avô Xico. Que pessoas é que tu gostavas de encontrar lá?
O meu pai António, que está a trabalhar no estrangeiro, e a minha amiga Joana.
Já estou a vê-los lá no monte, tu, o teu pai António e a tua amiga Joana. E que estão a fazer?
O meu pai está a contar à gente umas histórias muito engraçadas que ele inventava. E a gente está a rir-se muito, porque ele está contar aquela história do mecânico trapalhão que avariava ainda mais os carros em vez de os arranjar.
Manel, reparaste que, sem sair daqui, fomos ao monte do teu avô Xico, encontrámos a Joana e o teu pai António que contou a história do mecânico trapalhão que nos divertiu. Sonho engraçado que este foi, não achas?
Tens razão, Velho. Agora que já percebi como é, não vou parar de sonhar. Depois conto-te.

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