AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sexta-feira, 10 de junho de 2011

EDUCAÇÃO CÍVICA. Outro diálogo improvável

E como vos estava a dizer, quando se estabelecem as regras para organizar a vida das pessoas, define-se também o que deve acontecer quando as regras não são cumpridas. Já todos devem ter ouvido falar de multas. Quando alguém faz qualquer coisa que não deve, pode ter que pagar uma multa, uma quantidade de dinheiro, para compensar o que fez de mal e lembrar-se que não deve voltar a fazer.
Professora, o meu pai diz que as multas não são para pagar, que só as pessoas totós é que pagam multas.
Professora, o meu pai diz que quando o querem multar ele inventa umas histórias para os polícias desculparem a multa.
Professora, o meu pai diz que o dinheiro das multas é para os polícias e que por isso não paga as multas, os polícias que trabalhem como ele.
Professora, o meu pai diz que eles multam por tudo e por nada, por isso é demais, e não paga as multas.
Professora, o meu pai também diz que não paga multas, que não acontece nada porque são muitas e os polícias esquecem-se.
Professora, no outro dia quando fomos ver a minha avó e voltámos para o carro estava uma multa no vidro. O meu pai riu-se e rasgou-a, diz que não se importa com multas.
Bom chega, vamos voltar ao que estávamos a falar. Em muitos aspectos da nossa vida temos regras e leis que é preciso cumprir para que tudo corra bem. Tenho a certeza de que os vossos pais também vos dizem o mesmo.
Pois dizem.
Respondeu o grupo em simultâneo.

Este diálogo improvável foi, como todos os outros, completamente inventado. A partir da realidade.

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