Era uma vez uma Terra Estranha. Bem, a terra não era estranha, era como todas as terras, com coisas bonitas e outras menos bonitas. O que na verdade era estranho eram os seus habitantes, ou melhor, os comportamentos dos seus habitantes. Passavam o tempo a discutir, quase sempre o que não era muito importante. Com o que era importante parecia que não sabiam muito bem o que fazer. Nunca estavam satisfeitos, se tinham o que quer que fosse, protestavam porque era pouco e mau, se não tinham clamavam por isso mesmo, não tinham.
Naquela Terra Estranha faziam leis sem fim que para pouco serviam, eram tão complexas e cheias de buracos que acontecia tudo e não acontecia nada.
Escolhiam alguns deles para governar e depois protestavam que eles governavam mal, quando mudavam os governantes a situação era exactamente a mesma.
Toda a gente gritava que era preciso educação e toda a gente gritava contra os professores.
As pessoas daquela terra gostavam de dizer que a terra é bonita mas sempre que podem estragam a terra e dizem que fica melhor.
Passam o tempo a dizer que é preciso trabalhar e produzir e esforçam-se por ganhar o mais possível fazendo o menos possível.
O mais curioso é que metade das pessoas daquela terra andavam sempre a olhar para o céu a ver se dele caía o que a outra metade procurava, olhando para o chão, o que parecia ter desaparecido de vez naquelas paragens, o Juízo.
Que terra estranha mais familiar em professor?!
ResponderEliminarAcho que a idéia não seria nem olhar para o alto nem para baixo, mas sim um meio termo, para frente, vendo apenas o caminho a ser trilhado, rumo, aí sim, à uma terra estranha...onde imperam o bom-senso, a consciência e a boa educação.
Essa terra não seria exatamente um sítio, mas sim um tempo, o futuro, que ao que parece, está bem distante.
Grande abraço