O Público de hoje, pelo teclado da jornalista Bárbara Wong e a propósito da gripe A apresenta um trabalho que me parece bastante oportuno e para o qual dei um pequeno contributo.
Para além da recente onda de alarme decorrente da gripe A, tenho assistido nos últimos anos à instalação de um clima que me parece excessivo relativo à preocupação com a segurança dos mais novos.
Não esqueço que somos um dos países com mais casos de acidentes domésticos com crianças, não esqueço dos riscos de natureza variada que espreitam os miúdos. Sublinho que é imprescindível supervisão, atenção e prevenção dos riscos por parte dos adultos, pais, professores e restante comunidade.
Dito isto parece-me de sublinhar que uma excessiva e, como lhe chamei, “fundamentalista” atitude de protecção das crianças, inibe-as de perceber e lidarem com os riscos, inibe-as de experiências e actividades que ajudam a entender e a estabelecer os limites.
Este envolvimento das crianças numa redoma, que a vida real está longe ser, não fomenta a sua autonomia, não favorece o seu desenvolvimento pelo contacto com os outros, favorece a dependência e a insegurança que, é bom ter consciência disso, também se reflecte nas aprendizagens escolares. Crianças seguras, confiantes organizam-se melhor para aprender. Aprender algo pode ser uma “ameaça”, estamos a confrontarmo-nos com o que não sabemos, por isso temos que ter confiança para lidar com essa “ameaça” à nossa confiança.
Um tombo ali, uma ferida no joelho acolá, a camisola que se rasgou de um puxão no meio do jogo, as calças sujas da lama que estava no parque, etc., são imprescindíveis aos miúdos. Deixem-nos ser miúdos.
Para além da recente onda de alarme decorrente da gripe A, tenho assistido nos últimos anos à instalação de um clima que me parece excessivo relativo à preocupação com a segurança dos mais novos.
Não esqueço que somos um dos países com mais casos de acidentes domésticos com crianças, não esqueço dos riscos de natureza variada que espreitam os miúdos. Sublinho que é imprescindível supervisão, atenção e prevenção dos riscos por parte dos adultos, pais, professores e restante comunidade.
Dito isto parece-me de sublinhar que uma excessiva e, como lhe chamei, “fundamentalista” atitude de protecção das crianças, inibe-as de perceber e lidarem com os riscos, inibe-as de experiências e actividades que ajudam a entender e a estabelecer os limites.
Este envolvimento das crianças numa redoma, que a vida real está longe ser, não fomenta a sua autonomia, não favorece o seu desenvolvimento pelo contacto com os outros, favorece a dependência e a insegurança que, é bom ter consciência disso, também se reflecte nas aprendizagens escolares. Crianças seguras, confiantes organizam-se melhor para aprender. Aprender algo pode ser uma “ameaça”, estamos a confrontarmo-nos com o que não sabemos, por isso temos que ter confiança para lidar com essa “ameaça” à nossa confiança.
Um tombo ali, uma ferida no joelho acolá, a camisola que se rasgou de um puxão no meio do jogo, as calças sujas da lama que estava no parque, etc., são imprescindíveis aos miúdos. Deixem-nos ser miúdos.
Caramba, na minha meninice os meus joelhos pareciam superficies lunares. Marcas que têm vindo a desaparecer, assim como o paraíso primevo. Que saudades... Enfim, cada tempo tem os seus encantos. Agora é o tempo da responsabilidade e da autonomia. Mas penso que não é mau sermos crianças de vez em quando - responsabilidade temperada com um pouco de parvoice saudável. Desculpe a divagação professor.
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