Vamos estranhar certamente. Estamos num tempo em que poucas coisas se recebem dadas e em que damos quase nenhumas.
A trama das relações sociais tece-se numa permanente tentativa de equilibrar o deve e o haver, no melhor dos casos ou, por vezes, na sobrevalorização do haver.
A oferta inesperada de um sorriso, de um elogio ou de um bem é recebida com desconfiança por quem lhe parece que o gesto é a antecâmara de um pedido, um investimento de que se espera o retorno.
Educamos os miúdos na troca de comportamentos por bens, o afecto é também moeda de troca, gosto mais de ti se...
O tempo é um bem de primeira necessidade e, como tal, não pode ser esbanjado, gasto, sem que possa ser rentabilizado. Por isso, damos tão pouco tempo aos outros, até a nós.
“E que eu ganho com isto?” é uma interrogação que nos colocamos demasiadas vezes e para a qual precisamos de resposta.
O presente quase se transformou num ritual que se realiza ao sabor do calendário e que, por vezes, se destina, sobretudo, a comprar a tranquilidade da consciência de um dever cumprido.
Mas quando no fim do verão chegarem as primeiras chuvas ao meu Alentejo, elas vão ser mesmo uma dádiva para a terra, e para mim. Fico melhor, invento uma história com final feliz e dou-a a quem a quiser.
A trama das relações sociais tece-se numa permanente tentativa de equilibrar o deve e o haver, no melhor dos casos ou, por vezes, na sobrevalorização do haver.
A oferta inesperada de um sorriso, de um elogio ou de um bem é recebida com desconfiança por quem lhe parece que o gesto é a antecâmara de um pedido, um investimento de que se espera o retorno.
Educamos os miúdos na troca de comportamentos por bens, o afecto é também moeda de troca, gosto mais de ti se...
O tempo é um bem de primeira necessidade e, como tal, não pode ser esbanjado, gasto, sem que possa ser rentabilizado. Por isso, damos tão pouco tempo aos outros, até a nós.
“E que eu ganho com isto?” é uma interrogação que nos colocamos demasiadas vezes e para a qual precisamos de resposta.
O presente quase se transformou num ritual que se realiza ao sabor do calendário e que, por vezes, se destina, sobretudo, a comprar a tranquilidade da consciência de um dever cumprido.
Mas quando no fim do verão chegarem as primeiras chuvas ao meu Alentejo, elas vão ser mesmo uma dádiva para a terra, e para mim. Fico melhor, invento uma história com final feliz e dou-a a quem a quiser.
há uns tempos haveria uma data de respostas ao título: "isso é impulse"...
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Agora, apraz-me dizer: e se alguém, de repente, nos oferece...?
(afinal o que é válido para o sorriso vale para tudo o resto)
um abraço