O mundo ensandeceu.
A direcção de um Agrupamento Escolar de Famalicão proibiu a professores e funcionários a utilização de telemóveis em áreas comuns da escola, como recreios e corredores. Ao que parece não será a única direcção escolar a tomar
esta decisão.
Confesso que tenho alguma
dificuldade em entender o racional da decisão. Os meus netos, miúdos como todos
os outros percebem sem grande dificuldade que os pais ou eu, por exemplo, posso
recorrer ao telemóvel em circunstâncias que, em regra, eles não utilizam.
Não, não se trata de uma variação
de “faz o que eu digo, não faças o que eu faço”, idades e papéis não se fundem,
gerem-se com regulação e compreensão da razão para que assim seja.
Acresce que uma medida desta
natureza me parece insultuosa de professores e funcionários, assumindo a sua
incapacidade de regulação do seu comportamento pelo que só a proibição os fará “bem-comportados”.
Aliás, a ideia de que “têm de dar o exemplo “ e para o darem só proibindo é “dar
um exemplo” de incompetência e desrespeito, para além de ser discutível a
legalidade desta decisão.
Todos os que conhecemos o
universo da educação conhecemos excelentes direcções escolares que, é bom
lembrar, são professores.
No entanto, também conhecemos
práticas de direcções escolares que estão longe de se considerarem positivas e
competentes considerando a forma como lidam e destratam os seus colegas
professores.
Não dá para entender.
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