Como sabemos o Estudo Meio é uma actividade
complexa.
Numa das suas aulas o meu neto
estava a estudar o meio, à distância como agora (e quase sempre) temos de o
fazer, numa espécie de meio virtual. Às tantas, deparou no manual com uma
questão em que se via o que parecia ser um meio agrícola, uma quinta, com
diferentes animais que vivem naquele meio, como se sabe, cada animal tem o seu
meio e também estava um tractor.
A questão que se pretendia
estudar naquele meio era qual seria o som desagradável, a voz de algum dos
diferentes animais representado ou o som do tractor.
Sem grande hesitação o Simão
assinalou o galo.
Não produziu a resposta que
estaria certa e indicada pela generalidade dos coleguinhas, o tractor.
Justificou a sua resposta com o
facto de adorar andar de tractor quando está no Monte no Alentejo e não gostar
do som do galo porque o acorda.
Como disse acima, o meio é uma
realidade complexa e subjectiva. O conhecer o meio e o que se gosta no meio não
é a mesma coisa que estudar o meio.
Neste caso até pode acontecer que
os genes façam parte da equação, não se riam e não me adjectivem, mas eu também
gosto do som embalatório do tractor quando ando na lida umas horas em cima
dele.
Deve fazer parte do que eu e o
Simão chamamos nas nossas conversas de “código de avô e neto”, só a gente é que
percebe.
Quem é do campo e está habituado a todos esses sons, escolheria, sem hesitar o galo. É horrível acordar cedissimo com o galo. O trator não incomoda nada e eu gostava muito de andar em cima dele, olhar para trás e ver o resultado do trabalho.
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