No DN encontra-se um texto sobre
as dificuldades sentidas por pais de crianças com situações de deficiência associadas
a quadros de enorme dependência. Os exemplos das famílias retratadas são
esmagadores de entrega e disponibilidade mas também do peso e cansaço de
rotinas altamente exigentes. Como é habitual são referidas as enormes necessidades
e os apoios que tardam ou não chegam.
As crianças com necessidades especiais, as
suas famílias e muitos dos professores e técnicos sabem, sobretudo sentem, um
conjunto enorme de dificuldades para, no fundo, garantir não mais do que algo
básico e garantido constitucionalmente, o seus direitos. É assim que as comunidades
estão organizadas, pelo que não representa nada de extraordinário e muito menos
um privilégio.
Como também é evidente, as minorias são sempre mais vulneráveis, falta-lhes
voz.
Como sempre afirmo, os níveis de
desenvolvimento das comunidades também se aferem pela forma como cuidam das
minorias. Lamentavelmente, estamos num tempo que em que desenvolvimento se
confunde com mercados bem-sucedidos.
E quem conhece estas realidades e vive perto delas, tem de concordar que não estão assegurados os seus direitos, apesar de muito caminho já ter sido trilhado...
ResponderEliminarAs famílias, em geral, e os cuidadores, em particular, vivem a sua vida de forma muito limitada.