A notícia é inquietante. Uma
docente comprovadamente com doença de Alzheimer viu recusada a reforma por
invalidez.
A douta junta médica da Caixa Geral de Aposentações, sem
qualquer especialista na área da psiquiatria, concluiu que a professora não está
“absoluta e permanentemente incapaz” para trabalhar.
Os relatórios dos médicos que a
acompanham são claros sobre a gravidade e implicações da doença que já há algum
tempo a tornou incapaz de assegurar as suas funções tal como a escola
comprovou. A decisão mostra ainda um um absoluto e incompetente desconhecimento sobre as exigências do desempenho profissional. Talvez estudar um pouco não lhes fizesse mal.
Este é mais um caso que mostra a
insensibilidade e incompetência com que, por vezes, estes casos são tratados.
É verdade que muitos de nós
conhecemos gente que foi reformada por invalidez sem que para tal existisse justificação
clínica, os critérios foram outros.
No entanto, este tipo de situações
mostra a necessidade de, como sempre, as pessoas serem tratadas como pessoas,
sem fundamentalismos administrativos, com competência e respeito pela sua
dignidade.
Poderia ainda referir como no que
respeita a reformas pagas pela CGA, as múltiplas situações de reformas bem
elevadas com carreiras profissionais curtas e ao abrigo do “emprego político”.
Não, não é demagogia, é a indignidade do desrespeito e iniquidade.
Estando a situação em tribunal
pode ser que a lei determine algo que deveria ser da competência e do bom
senso.
Caro Zé, a iniquidade, as breves carreiras políticas institucionais, a falta de competências para o desempenho da função, o tacho como profissão e o ausente sentido de Estado, a moral e a ética ausente, tudo contribui para o verdadeiro estado da Nação...
ResponderEliminarCaro Zé, a iniquidade, as breves carreiras políticas institucionais, a falta de competências para o desempenho da função, o tacho como profissão e o ausente sentido de Estado, a moral e a ética ausente, tudo contribui para o verdadeiro estado da Nação...
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