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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

DAS TURMAS COM ALUNOS COM NEE

De acordo com o resultado de um inquérito realizado pela Fenprof junto das escolas existirão cerca de 8 000 turmas do Ensino Básico com mais do que dois alunos com necessidades educativas especiais.
O inquérito parece também evidenciar a enorme dificuldade ou impossibilidade das escolas cumprirem a recente decisão do ME de apenas reduzir o número de alunos por turma quando os alunos com NEE passam mais do que 40% por cento do tempo lectivo na sua turma.
Já escrevi várias vezes sobre esta questão e sobre esta decisão recente.
Apenas uma nota para reafirmar que o cenário de grupos commais do que dos alunos com NEE são uma realidade que se verifica logo na frequência do jardim-de-infância.
Sem autonomia real das escolas, sem os recursos adequados, professores, professores especializados, técnicos e assistentes operacionais e sem dispositivos de regulação e supervisão do trabalho desenvolvido, a defesa de uma educação de qualidade e inclusiva é retórica e, evidentemente, uma (quase) impossibilidade.
Como muitas vezes afirmo existem, muitos alunos necessidades educativas especiais que não estão incluídos, “integrados”, estão “entregados”, por várias razões e quase sempre não é por dificuldades próprias.

PS - O relatório do CNE, hoje (dia 24) conhecido é elucidativo sobre os recursos afectos a este universo.

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