AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

DA INFINDÁVEL CORRIDA DE OBSTÁCULOS

Desculpem a insistência mas como se percebe … é necessário.
A vida de muitas pessoas com deficiência e das suas famílias é uma constante e infindável prova de obstáculos, muitas vezes intransponíveis, em variadíssimas áreas como mobilidade, educação, emprego e segurança social em que a vulnerabilidade e o risco de exclusão são enormes. Assim sendo, exige-se a quem decide uma ponderação criteriosa de prioridades que proteja os cidadãos desses riscos, em particular os que se encontram em situações mais vulneráveis.
Como também não é raro os obstáculos são criados não só pelas barreiras físicas mas pela falta de senso, pela incompetência ou negligência com que gente responsável(?) lida com estas questões.
Na verdade, boa parte dessas dificuldades decorre do que as comunidades e as suas lideranças, políticas por exemplo, entendem ser os direitos, o bem comum e o bem-estar das pessoas, de todas as pessoas.
As pessoas com deficiência não precisam de tolerância, não precisam de privilégios, não precisam de caridade, precisam só de ver os seus direitos considerados. Os direitos não são de geometria variável cumprindo-se apenas quando é possível.
Como sempre afirmo, os níveis de desenvolvimento das comunidades também se aferem pela forma como cuidam das minorias.

2 comentários:

  1. Mais uma vez, não podia estar mais de acordo consigo :)
    Deixemos de olhar para a pessoa com deficiência como especial e passemos a olhá-la como cidadão.
    Quando isto acontecer percebemos que qualquer um de nós tem os mesmos direitos: deslocar, comer, comunicar, divertir, etc.
    Se alguém não consegue andar, pelos seus próprios meios, têm de existir meios adaptados de locomoção pois esse cidadão tem direito a deslocar-se;
    Se alguém não consegue falar têm de existir meios de comunicação adaptados, pois esse cidadão tem direito à comunicação, a fazer-se ouvir.
    Não são as pessoas que são especiais, os meios para que elas tenham os mesmos direitos que quaisquer outras é que têm de ser adaptados.
    Olhemos para todos como CIDADÃOS!

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