AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sábado, 16 de janeiro de 2016

DAS PRESIDENCIAIS. A ENTREVISTA DE SAMPAIO DA NÓVOA E O "DIRTY WORK" DE CÂNDIDO FERREIRA

A entrevista de Sampaio da Nóvoa ao Público é um documento importante no estado actual da tóxica campanha eleitoral em desenvolvimento.
Em termos gerais creio que ficam bem claras as razões para entender que Sampaio da Nóvoa é o presidente certo mas este tempo que vivemos e para o próximo futuro.
Fica também claro que a sua visão para Portugal e os Portugueses está bem para lá da retórica do "cumprimento da Constituição". Como já afirmei acho pobre e vazio esta argumento. O cumprimento da Constituição é a base que sustenta qualquer candidatura à presidência da República Portuguesa, Quem for eleito jurará cumpri-la. 
É também verdade que com a mesma Constituição e sempre dentro do seu cumprimento se realizaram políticas bem diferentes e diferentes Presidentes fizeram leituras diferentes da mesma Constituição que juraram cumprir e cumpriram, formalmente.
Assim, é importante que Sampaio da Nóvoa explicite o que, no cumprimento óbvio da Constituição e das competências que estão atribuídas à Presidência, pensa e procurará realizar tendo como objectivo o último o bem-estar e o desenvolvimento de Portugal e dos portugueses.
A entrevista permite perceber justamente essa visão e a forma como exercerá a função de Presidente da República o que espero e tenho a convicção de que sendo difícil é possível, tem de ser possível.
Uma nota que tive dúvidas em escrever para registar nova iniciativa de uma figura menor, Cândido Ferreira,  que insiste numa espécie de "dirty work".
Lembram-se que há alguns dias pediu em carta aberta a Sampaio da Nóvoa que desistisse por razões como "inexperiência política", "impressionante desconhecimento do país”, “não merece o lugar”, “ter aberto o caminho a uma vitória fácil da direita” “derrota certa nos debates quando confrontado com as suas tremendas fragilidades e contradições”, “pôr os seus interesses pessoais à frente de tudo”, “extremismo das posições políticas”. Seria risível se não fosse mais um exemplo do nível tóxico desta campanha.
Agora lançou uma disparatada dúvida sobre o currículo académico de Sampaio da Nóvoa. Num país dado a relvices e outra trafulhices e com a ajuda prestimosa do aparelho de intoxicação preparado, não só na imprensa mas também nas redes sociais, a coisa vai fazendo o seu caminho e cumprindo os tão claros quanto negros objectivos desta campanha tóxica.
Como na altura referi, de quem será a mão que Cândido Ferreira irá lamber e lhe fará umas festas na cabeça por ter realizado estas tarefas? 
Não se trata evidentemente do papel do “idiota útil”. Pode ser útil aos tais objectivos que são claros na percepção e escuros na ética e na democracia mas não é idiota, é “apenas” mediocridade ética e má formação cívica.

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