É forte, em poucos dias ter que levar com a prosa de Guilherme Valente, José Manuel Fernandes e hoje Vasco Pulido Valente sobre as mudanças em educação, designadamente, no sistema de avaliação do Ensino Básico.
Na sua cátedra do Público, VPV um Sábio que está congelado algures ente o século XIX e o início do século XX tem assumido uma cruzada no sentido, impossível é claro, de educar o indigenato demasiado estúpido e ignorante que ... somos nós.
Na primeira das suas duas aulas semanais, o Sábio afirma que o ME veio "virar do avesso" o sistema de ensino que encontrou. E depois, claro, sustenta a sua "tese" com as habituais referências históricas que dão, supostamente, um carácter erudito a um entendimento que não passa de um achismo ignorante, preconceituoso e, evidentemente, dentro da agenda ideológica que é nítida apesar das máscaras.
Como já afirmei, as alterações verificadas têm virtualidades mas não são perfeitas e alguns aspectos merecem, aliás, sérias reservas sendo que matérias importantes como apoios a alunos e professores, conteúdos e organização curricular, autonomia das escolas, dimensão de turma e das escolas para evitar os mega-problemas criados pelos mega-agrupamentos, são apenas algumas das dimensões que exigem reflexão e ajustamentos.
No entanto, VPV, apesar da sua vasta e profunda obra sobre o "sistema de ensino" mostra um total desconhecimento do que é a educação no ensino básico e secundário e num exercício de arrogância consentido pela ignorância perora sobre o "virar do avesso" de um "sistema de ensino" que tinha encontrado alguma "estabilidade". Estabilidade?! Qual? Em quê? Com que efeitos?
Não há pachorra.
Como declaração de interesses renovo a afirmação de que, sem particular contentamento, não tenho de há muito qualquer fidelização partidária e que tudo o que afirmo se inscreve no que, com base no que sei e penso, me parece ser um caminho de qualidade na educação para todos, sublinho, para todos. Também sei que tudo pode ser discutível e é assim que deve ser.
O problema é que os VPV da vida é que têm acesso aos jornais e contaminam a opinião pública.
ResponderEliminarNós, comuns mortais, professores normais, que sabemos que estas medidas são acertadas, boas e permitem que não nos forcem a pôr as escolas armadas em salas de reprodução dos exames dos anos anteriores, enviamos as nossas opiniões para os jornais e nem resposta temos.
Era importante haver alguém que desse voz pública aos professores e mostrasse que estas medidas estão no caminho certo.
Temos que insistir.
ResponderEliminar