Miguel Seabra demitiu-se da
presidência da Fundação para Ciência e Tecnologia alegando razões pessoais.
Como é habitual entre nós, quando alguém se demite de funções públicas envolto
em algum tipo de polémica, a razão é, claro, razões pessoais, uma justificação
que serve para tudo e mais alguma coisa, até para ... razões pessoais.
Também é claro que a mudança de
caras raramente significa mudança de políticas.
Ninguém espera que se verifiquem
alterações significativas no que tem sido a negrura crática que se abateu sobre
a investigação científica em Portugal, seria esperar demais.
Nuno Crato, apesar do seu
prudente resguardo é, evidentemente, o grande responsável político mas Miguel
Seabra ficará ligado à inviabilização de metade das estruturas de investigação
em Portugal através de um processo de avaliação controverso, incompetente com
regras alteradas ou desconhecidas, com processo ainda em tribunal e com
resultados finais de recursos por conhecer. O Público contabiliza sete alterações
importantes incluindo a divulgada hoje de cortar financiamento aos centros que
passaram à segunda fase de avaliação e
que estavam previstos no Programa de financiamento.
Na verdade, o consulado de Miguel
Seabra à frente da FCT foi para esquecer ou, pelas mesmas (más) razões, para recordar.
Faz-me lembrar uma afirmação
muito conhecida aqui em casa habitual no Velho Tio Matosa que quando se
despedia de algum visitante pouco recomendável dizia, "olha podes ir
embora e leva muitas saudades que é coisa que cá não deixas".
O Velho Tio Matosa era um cromo.
Empresas acusadas de cartel ganham contratos nas cantinas do Estado
ResponderEliminarhttp://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/jn_empresas_acusadas_de_cartel_ganham_contratos_nas_cantinas_do_estado.html
E Asssim vão os negócios na área da Saúde/Educação.
Cumprimentos
Pedro.