AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

AINDA FALTA TANTO TEMPO PARA O INÍCIO DAS AULAS, QUAL É A PRESSA. SIM QUAL É PRESSA?

"Directores e professores relatam "situações inexplicáveis" que "apontam para erros" na colocação de professores"

"Depois das colocações ainda há 3435 horários de professores por preencher nas escolas"

Ainda existem nas escolas 3435 horários de professor por preencher, um número insignificante.
Existem processos cheios de sobressaltos, inacabados, relativos à contratação e colocação de docentes, inquinados por critérios e decisões que dificilmente se compreendem.
Os directores, os professores e os pais expressam a sua preocupação com o arranque do ano lectivo.
Ainda falta imenso tempo para o início das aulas que apenas começarão bastante lá mais para frente, entre 11 e 15 de Setembro.
É também irrelevante os professores terem algum conhecimento prévio sobre a escola e os grupos de alunos com quem vão trabalhar. Na perspectiva do MEC, cada vez mais clara, o professor é um "entregador de conteúdos", não interessa conhecer a quem, nem como. No final fazem-se os exames e quem aprendeu, aprendeu e quem não aprendeu, aprendesse ... e vai para as vias vocacionais ou profissionais. Neste sentido os professores podem chegar às escolas na véspera das aulas ou mesmo depois, não tem problema nenhum, está tudo certo.
Neste cenário não consigo entender a preocupação que alguns expressam. Como diria uma conhecida figura da nossa praça, "Qual é a pressa? Sim qual é a pressa?"
Na verdade, a repetição anual desta situação sob a responsabilidade de uma equipa que pauta o seu discurso por referências constantes ao rigor, à qualidade, à exigência seria uma anedota se não representasse um patamar de incompetência e desrespeito pelos professores e pelos seu trabalho que não conhece limites.
É evidente que o MEC, numa já pouco saudável relação com a realidade virá, pela enésima vez afirmar que tudo está a correr dentro da normalidade.
No entanto, como há dias afirmava, começo a pensar que Nuno Crato terá mesmo razão e muitos de nós estaremos enganados, a incompetência, o desrespeito,  a demagogia passaram a ser a normalidade, portanto, está tudo bem.

Sem retorno.

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