AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 17 de julho de 2014

A SINISTRA PROVA ESTÁ DE VOLTA COM A VERGONHA E A ÉTICA REVISTAS EM BAIXA.

"Prometidas acções de boicote para o dia da prova dos professores contratados"

Está tudo dito sobre a sinistra Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades para os professores que irá a acontecer no próximo dia 22 para os professores que não a realizaram a 18 de Dezembro. Num novo número de manha e habilidade e de indignidade a que estamos habituados por parte do Ministro, o processo foi agora desencadeado com prazos apertadíssimos e enormes dificuldades de organização com o evidente objectivo de inibir as reacções dos professores. A vergonha e a ética foram, de novo, revistas em baixa, estão no nível "lixo". Algumas notas.
Não é necessário conhecimento muito sofisticado na área da Avaliação ou da Formação de Professores para entender que a sinistra Prova não avalia de forma alguma os conteúdos e competências exigidas para a função professor, razão pela qual este modelo não existe em qualquer país sério aplicado a professores já em função e raramente aplicado a professores que querem iniciar a carreira.
Aplicar este modelo de prova para os objectivos enunciados, Avaliação de Capacidades e Conhecimentos para o exercício da função professor, nem que fosse a um só candidato, só a um repito, com ou sem experiência, seria um procedimento insultuoso de tanta incompetência e manhosice.
A Sinistra Prova, reafirmo, é má, porque é má nos objectivos, modelo, conteúdos, processos e circunstâncias. Nada muda nesta situação pelo facto de se aplicar a menos professores ou a mais professores depois do inaceitável compromisso da FNE. A avaliação de conhecimentos e capacidades para um professor exercer a sua função só é adequada quando inclui com algum espaço temporal o desempenho em sala de aula, em exercício. Aliás, o primeiro ano de prática ser um ano de avaliação e constituir base de acesso à carreira nem sequer é inédito no nosso sistema e é pratica comum em muitos sistemas educativos.
Nada do que Nuno Crato afirma tem a este propósito tem a mínima relação com a Prova que, o Ministro sabe muito bem, não pretende avaliar competências e capacidades de professores, os objectivos do Ministro fazem parte de outra agenda. Este modelo de Prova destinado a avaliar Capacidades e Conhecimentos é algo de delirante, recordem-se as questões que foram colocadas na Prova de 18 de Dezembro sobre refeitórios e transporte de alunos pelo que não merece, deste ponto de vista, muitos comentários, é demasiado mau o que temos para reflectir.
É evidente que por mais que Nuno Crato afirme, com a maior das hipcrisias, que a Prova “dignifica” os professores”, permite “selecionar” os melhores, a realização desta Prova com o modelo, com os conteúdos, objectivos e circunstância em que aconteceu e, provavelmente, acontecerá é uma página negra, muito negra, da política educativa das últimas décadas.
No entanto e como era previsível, a insanidade continua, a incompetência, a arrogância e a manha política são incompatíveis com a humildade do reconhecimento do erro.

3 comentários:

  1. Por que não solicitar ao ministro e aos secretários( a estes iluminados) que façam a dita prova.
    A dignidade dos professores está em causa por esta corja de políticos






    É uma vergonha nacional esta politica de ei

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  2. Excelente exposição quanto ao absurdo desta prova!Parabéns.

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  3. Tudo isto é um insulto à inteligência, à competência, à ética e à profissão docente.

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