De uma viagem rápida pela imprensa
portuguesas on-line retirei algumas referências que partilho.
No I informam-nos que Bruxelas está
a investigar os preços cobrados pelo estado português à chinesa EDP pela
concessão até 2052 da exploração dos nossos recursos hídricos para exploração
de electricidade. Estão em causa a extensão dos prazos e valores demasiado
baixos negociados em 2007 pelo Governo de Sócrates com uma empresa que gera
cerca de mil milhões de euros de lucros anuais. Certo, um bom negócio.
A imprensa refere a divulgação
pelo Ministro Poiares Maduro das linhas de força de utilização dos fundos
europeus, na continuação do QREN, cerca de 21 000 milhões de euros entre 2014 e
202o. De acordo com o Ministro acabara-se os gastos as rotundas, escolas e
outras infra-estruturas e as prioridades serão, finalmente, as pessoas e a sua
valorização e as empresas. Certamente por ser mal-intencionado lembrei-me dos
apoios a empresas como a Tecnoforma do "Dr." Miguel Relvas e de
Passos Coelho e a formação de técnicos de aeródromos e heliportos municipais a
que se dedicava. Aliás, sobre a chamada formação profissional e durante as
últimas décadas foram despejados milhões de euros com impactos reduzidos em
termos de economia global e, portanto, a coisa antecipa-se interessante. Além
disso, o anúncio fica bem composto com a retórica de Poiares Maduro e em
véspera de eleições também é oportuno.
No Jornal de Negócios aborda-se a
situação de uma rapaziada, presidentes de junta com três mandatos já cumpridos,
que se candidatam às próximas eleições como número dois da lista tendo já
assegurado que por renúncia posterior do cabeça de lista assumirão a função de
presidentes. Segundo o Jornal, o expediente envolve até um casal em que a
mulher se candidata, renuncia em seguida e volta o marido à presidência da
junta. A criatividade e a capacidade de dar um "um jeitinho" para
levar por diante a missão de serviço à causa pública são de enaltecer. Nesta matéria, eleições para as autárquicas, é também muito estimulante acompanhar o mundo de promessas que os vendedores de banha da cobra vão fazendo e de que, obviamente, se vão esquecer no dia seguinte à eventual tomada de posse.
Finalmente, uma referência do
Público a um relatório da Autoridade Metropolitana de Transportes de Lisboa
segundo o qual cerca de 15,2% dos passageiros viajam sem bilhete ou títulos
válidos, sendo que existem carreiras da Carris com taxas de 30% e mesmo uma
carreira em que taxa de "balda", por assim dizer, ronda os 59%. Claro
que a crise e as dificuldades dão o seu contributo mas creio que se trata
sobretudo de esquecimento.
Estes exemplos ilustram, creio, uma dimensão significativa do nosso funcionamento como comunidade.
Poderíamos viver sem ser assim, mas, decididamente, não era a mesma coisa.
Poderíamos viver sem ser assim, mas, decididamente, não era a mesma coisa.
Portugal é o País dos negócios ruinosos para o povo. Quem faz os negócios são os políticos, verdadeiros guardiõs dos interesses do grande capital. Desde 1974 que assim é. E ainda faltam privatizações que vão espoliar mais recursos. Ainda não há vassoura para varrer este jardim. Povo mais amorfo e desossado não conheço.
ResponderEliminarGosto do meu País, não gosto da cultura de comodismo, resignacão e falta de capacidade de luta do povo para enfrentar adversidades sociais.
VIVA!
Caro não sei quem sou
ResponderEliminarPois eu deste povo tenho a melhor das opiniões, das suas elites nem tanto...
Não foi o povo que gastou demais, foram as elites da 3.ª República.
Mesmo em contexto de CEE/UE, basta comparar o nosso salário minímo nacional com o da Grécia, para perceber que o dinheiro nunca chegou aos bolsos do povo.
Ontem, como hoje, o povo não vive, sobrevive.
Cumprimentos
Caro anónimo
ResponderEliminarNo que diz, a sua razão não tem limites.
Mas...sobrevive mas não luta.
É essa a minha pedra-de-toque.
VIVA!
Caro não sei quem sou
ResponderEliminarLuta pela sobrevivência... O que não é coisa pouca.
Busílis está quando integram as elites.
Veja o caso da nomeação pelo Sr. Presidente da República da Sr.ª Presidente do Instituto Politécnico de Santarém para a Comissão de Honra das Comemorações do 10 de Junho de 2009, na Cidade de Santarém, após um cruzeiro no Castelo do Bode comemorativo do aniversário da Escola Superior de Gestão de Santarém, deste Instituto Politécnico...
Recordo aliás que em Dezembro de 2008 a Universidade do Minho esteve encerrada durantes uns dias para poupar uns tostões com as despesas de funcionamento...
Ouça as afirmações do representante dos alunos do Instituto Politécnico de Santarém, na cerimónia de abertura do ano lectivo realizada em Outubro de 2010.
http://videos.sapo.ao/dYgrN75qdYhQMMgy07Jg
Cumprimentos