Por uma vez, o Ano Novo poderia ser mesmo Novo.
Por exemplo.
Poderia ser Novo no respeito efectivo pela
dignidade, pelos direitos básicos das pessoas e no combate às desigualdades e à
exclusão e pobreza.
Poderia ser Novo na gestão da coisa pública com
transparência, justiça e ao serviço das pessoas.
Poderia ser Novo na definição de políticas
dirigidas às pessoas e não ao sabor dos endeusados mercados e da agenda da
partidocracia.
Poderia ser Novo no recentrar das grandes
questões da educação na qualidade dos processos educativos e no sucesso do
trabalho de alunos e professores.
Poderia ser Novo no combate ao desperdício e à
iniquidade de mordomias insustentáveis.
Poderia ser Novo nos discursos e padrões éticos das
lideranças políticas, económicas e sociais.
Poderia ser mesmo Novo, estão a ver?
De repente, lembrei-me do Zé, um jovem com uma
deficiência motora significativa com quem me cruzei há anos, que quando falava
dos seus desejos de futuro terminava sempre da mesma maneira, “sonhar não custa
nada, viver é que custa”.
Que o Ano Novo vos (nos) seja leve.
Paula: Realmente seria extraordinário num mundo cruel que não pára para pensar?
ResponderEliminarÉs magistral e linda, sabias?
Com respeito e esperança num mundo melhor. Terá que ser muito melhor.
Beijinhos.
Sempre a respeitar-te e a admirar-te.
António Pena Gil