Quando li pensei que talvez fosse
um momento de humor introduzido nas Jornadas Parlamentares conjuntas do PSD e
do CDS, mas depois percebi que era de facto uma afirmação séria e entendi o seu
enorme alcance e oportunidade.
A Ministra da Justiça afirmou,
cito, "os políticos têm que ser o exemplo, têm que ser absolutamente o
exemplo”. Para que ficasse mais claro, acrescentou, "Se nós não formos
referências, dificilmente os portugueses aceitarão sacrifícios. A classe
política tem de ser exemplar, se não for perdemos legitimidade. Nessa medida,
todos e cada um de nós, no seu local, tem de ser essa referência".
Não existem relatos mas creio que
como é hábito na vida parlamentar muitos deputados terão exclamado um vibrante
e emocionado "Muito bem".
O Ministro Miguel Relvas abanava
a cabeça de forma afirmativa numa profunda e convicta concordância com a sua
colega Ministra.
Como é evidente as afirmações da
Dr. Paula Teixeira da Cruz são apenas um redundante e dispensável
reconhecimento que devemos a uma boa parte da classe política que nos últimos
anos nos têm generosamente fornecido exemplos de referência.
São um farol, por assim dizer,
que nos indica o rumo de uma via de seriedade, de mérito e competência, de
missão, de zelo e preocupação com o bem comum.
Obrigado a todos por serem o que
são e como são, uma inspiração que nos ajuda e dá alento para as agruras de uma
vida a que eles, naturalmente, são alheios mas que com o maior dos
despreendimentos nos ajudam a ultrapassar.
Correndo o risco de uma enorme
injustiça pelo esquecimento de alguns,
um grande bem haja a referências como Miguel Relvas, a Dias Loureiro, a
Isaltino Morais, a Armando Vara, a
Oliveira e Costa, a Fátima Felgueiras e a todos os outros que só por exaustão e
cansaço deixaram uma vida de sacrifício pela causa pública, para seguirem
carreiras profissionais sem futuro e mal pagas, afinal a mão cheia de nada que
lhes sobrou da referência em que se constituem e da ingratidão de que são vítimas.
Caro professor, não consigo deixar de olhar os fenómenos políticos com o olhar de psicólogo clínico.
ResponderEliminarDefeito de formação, talvez.
Perder um filho é um acontecimento terrível que talvez dê a noção do exacto valor das coisas na vida.
Abraço
António Caroço
Está a psicologizar António, a dor é imensa mas não tem nada a ver com estas afirmações, digo eu, que não sou psicólogo ... clínico
ResponderEliminarConcordo com a ministra. Já queimei o meu Clio e tudo.
ResponderEliminarÒ Zé, o Isaltino continua - como o diria extrapordinário Prof.Alexandrino - firme e hirto no seu posto público.
ResponderEliminarO tal da 4L