Para a realização de um trabalho da
sua disciplina, a Professora Leonor pediu aos alunos que pensassem no retrato
que acham que as outras pessoas fazem deles e que o descrevessem à turma.
Quando chegou a sua vez, o Rodrigo
falou durante algum tempo.
Setôra, sou o Rodrigo. Sou um aluno com mau comportamento, mesmo indisciplinado.
Não trabalho muito, sou preguiçoso, mas se quisesse tinha notas melhores porque
sou esperto.
Estou sempre distraído ou a fazer o que não devo. Nunca trago o
material necessário para as aulas e raramente faço os trabalhos de casa. Os
meus cadernos são uma lástima sempre desorganizados.
Chego muitas vezes atrasado e refilo quando me dizem alguma coisa,
especialmente os Setôres.
Não vou fazer nada de jeito na vida e é pena porque se quisesse era
capaz. Tenho a mania de me armar em palhaço para distrair os colegas.
Vou tendo uma notas que servem para ir passando, mas devia ser mais
empenhado e estudar mais. Sou o culpado por qualquer coisa que aconteça na
escola. É assim que eu sou, Setôra.
Rodrigo, devo dizer-te que estou muito impressionada com esse retrato.
Eu também fico impressionado, mas é este o retrato que me tiraram.
A Categorização é feita em qualquer contexto, infelizmente as pessoas utilizam-na de forma negativa. Creio que acaba por securizar, quem o faz, de alguma maneira porque gostamos sempre de saber quem temos pela frente, nem que isso implica criar minorias que, (Atenção!) mais tarde se podem revoltar.
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