AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A INCOMPREENSÍVEL ANSIEDADE

Os portugueses são um povo apressado e ansioso, stressado, como agora se diz.  Elementos da  Associação de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas e do Conselho das Escolas manifestam uma enorme preocupação com o atraso e a falta de orientação e informação do MEC relativas à preparação do próximo ano lectivo.
É evidente que tais preocupações só podem emergir devido a uma ansiedade não controlada, estamos perfeitamente a tempo de, como diz o MEC, tudo estar devidamente pensado decidido e clarificado para o arranque do ano lectivo, falta imenso tempo.
Estes ansiosos dirigentes referem aspectos como a estabilização da constituição dos mega-agrupamentos ainda em forte discussão em vários locais, legislação que não foi publicada e regula alterações a introduzir, regulamentação referente a horários e constituição de turmas,  a oferta educativa por definir, as necessidades de professores, etc. que são, na verdade, pormenores que têm nula implicação na planificação do ano lectivo.
Estas entidades manifestam esta excessiva e incompreensível ansiedade uma vez que, depois de anos de deriva nas políticas educativas, finalmente se instalou na 5 de Outubro uma equipa com um pensamento claríssimo sobre a educação em Portugal, com um rumo bem definido e assumido na defesa da qualidade da educação, da qualidade do trabalho de alunos, professores e pais, pelo que tudo agora correria bem.
Mas não, afinal, como o povo costuma dizer, a montanha pariu um Crato, e à deriva continuamos.  Mas não desesperem, como sempre, o MEC diz que tudo está bem, tudo está previsto, tudo vai ficar pronto na altura certa. Como sempre, como sempre. Até ao próximo ano.

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