Se existe em Portugal uma marca distintiva da nossa vida política é a confiança que o cidadão comum tem na classe política. Basta atentar em sucessivos e recentes trabalhos para perceber que a classe é, recorrentemente, a que merece menos confiança e credibilidade. É verdade que a classe, em Portugal mais conhecida pelos “gajos”, bem se esforça para não perder esse privilégio, a mais absoluta falta de confiança dos seus concidadãos, estranhamente, os seus eleitores. De entre os “gajos”, o povo tem especial apreço pelas virtudes dos deputados, trabalhadores, intervenientes, uma vida de sacrifícios, horários arrasadores, artroses de tanto levantar e sentar nas votações, problemas das cordas vocais pela frequentes intervenções que todos fazem, reformas miseráveis, insultos dos colegas de outras bancadas, etc., etc. Pois estes “gajos” resolveram alterar o seu regime de presença e faltas. Por iniciativa do chefe dos “gajos” o Dr. Jaime Gama, um grupo liderado por essa figura maior do mundo dos “gajos”, o Dr. José Lello, apresentou e fez aprovar pela maioria dos “gajos” um regulamento em que nos primeiros cinco dias de falta “A palavra do deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais”. Embora o novo regulamento venha com um glossário a explicar o que se deve entender por “palavra do deputado”, o “gajo”, José Lello, inquirido sobre esta situação de privilégio respondeu que “os regimentos e as resoluções da AR ainda não são mobilizados pela imprensa”. A arrogância do “gajo” não tem fim e confia, como sempre, que a gente manda vir com os “gajos”, mas na volta, a troco de uns bifinhos com cogumelos e uns passeios de autocarro lá vai, de novo e sempre, votar nos “gajos”. Um dia, o pessoal cansa-se. Então os “gajos” vão ver.
Estes "gajos" perderam a vergonha . Bem te digo companheiro . Tá na hora de virar a mesa.Mas acho que ja não vai com palavras, os "gajos" dizem que é populismo.
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