AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

domingo, 2 de novembro de 2008

VEJAM LÁ, VEJAM LÁ

A rapaziada das forças armadas anda alvoroçada. Ao que parece, a rapaziada do governo não os tem tratado muito bem. Estranho, deve ser o único grupo que se sente destratado. É claro que os diferentes grupos têm formas de manifestar o seu descontentamento que estão vedadas aos militares, por exemplo, a greve. É certo que os militares, entre outras regalias, têm acesso a serviços de saúde em condições que a generalidade dos cidadãos não têm. Será verdade, estou certo, que terão objectivamente razões para descontentamento. Mas o que me parece extraordinário é o discurso, a este propósito produzido pelo mediático General Loureiro dos Santos, conhecido especialista em tudo quanto envolva armas, geo-estratégia, política internacional, conflitos de toda a espécie, locais, regionais ou pan-regionais, etc. Ao mesmo nível só mesmo Nuno Rogeiro.
Pois foi o General o escolhido pela corporação para avisos do tipo, ou vocês, Governo, entram na linha, ou a gente, militares, não respondemos por nós. Tudo pode acontecer, desde um acto isolado que sai da cabeça desvairada de um militar desorientado, passando por um acto de um grupo que, por exemplo numa missão internacional, se porte mal e envergonhe o país ou, limite dos limites, não se esqueçam que quem já fez uma revolução faz duas. Assim é que é, como sempre ouvi dizer, “não se brinca com a tropa”.
Do mesmo nível, só as declarações “criminosas” de um energúmeno chamado Augusto Morais, presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas que ameaçou pedir aos seus associados para que não renovem os contratos a prazo dos respectivos trabalhadores, se o salário mínimo for aumentado 24 €, compromisso que ele próprio tinha assumido em sede de Concertação Social.
A propósito, também não estou nada satisfeito com algumas políticas sectoriais. Senhores do governo, não se esqueçam que tenho uma fisga e uma senhora, antes chamada empregada e agora colaboradora, que ajuda na lida cá em casa. Vejam lá, vejam lá.

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